Desenvolver um carro elétrico que não precise ser carregado na tomada é o objetivo do projeto tecnológico lançado pela Nissan em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). As duas partes assinaram o acordo de cooperação nesta terça-feira (26), em São Paulo, e divulgaram maiores detalhes sobre a novidade.
Segundo a montadora japonesa, a ideia é utilizar o etanol para abastecer carros híbridos equipados com célula de combustível, em substituição ao hidrogênio pressurizado, usado atualmente. A tecnologia, chamada Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC), é inédita no mercado automobilístico.
O uso desta tecnologia combinado com os motores elétricos e o seu sistema de bateria garantem uma autonomia de no mínimo 600 km, conforme a Nissan, abastecendo o veículo com apenas 30 litros de bioetanol. Em locais onde este tipo de combustível é bastante difundido, como o Brasil, os veículos elétricos não encontrariam dificuldade para recarregar.
Considerando o preço médio de R$ 2,9 por litro de Etanol no Paraná, por exemplo, um carro com a tecnologia da Nissa gastaria apenas R$ 0,14 por quilômetro, ou ainda 20 km por litro de etanol.
Além de oferecer uma nova alternativa para o mercado de carros híbridos, a montadora também quer usar a parceria com o IPEN para transformar o modo como os veículos são integrados na sociedade, tentando viabilizar a introdução do sistema em carros de passeio.
Como funciona o sistema SOFC da Nissan
A tecnologia SOFC da marca asiática se baseia na reação química de vários combustíveis com o oxigênio para produzir hidrogênio e depois eletricidade. Bastante eficiente, o sistema funciona com etanol ou etanol misturado à água, além de ser totalmente limpo, contribuindo para preservar o meio ambiente.
Entre 2016 e 2017 a Nissan realizou testes utilizando dois veículos equipados com a tecnologia, as vans e-NV200, que se adaptaram facilmente ao uso cotidiano do país, segundo a montadora.
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