A Boeing, companhia estadunidense de desenvolvimento aeroespacial, anunciou que está firmando uma parceria com a Kitty Hawk para o desenvolvimento de carros voadores semiautônomos. A Kitty Hawk é uma startup focada em mobilidade aérea urbana apoiada pelo cofundador do Google e presidente da Alphabet, Larry Page.
As duas empresas trabalharão em conjunto no 'Cora', veículo voador de dois lugares que tem a ambição de ser usado para um serviço de táxi voador semiautônomo no futuro. O objetivo é que ele seja direcionado por meio de sistemas de piloto automático, com supervisão de um piloto humano situado remotamente. Uma das principais metas da empresa é garantir que esse sistema funcione com segurança, de modo que o espaço aéreo seja compartilhado tranquilamente.
"Trabalhar com uma empresa como a Kitty Hawk nos aproxima do nosso objetivo de avançar com segurança no futuro da mobilidade", disse o vice-presidente e gerente-geral da divisão NeXt, da Boeing, Steve Nordlund. "Temos uma visão compartilhada de como as pessoas, mercadorias e ideias serão transportadas no futuro, assim como o ecossistema de segurança e regulamentação que sustentará esse transporte", finalizou.
(Fonte: Kitty Hawk/Divulgação)
Cora, que deve ser lançado em 2021, vai aterrissar e decolar verticalmente e deve atingir uma velocidade máxima de 180 km/h, chegando a uma altitude de cerca de 914 metros. O veículo será alimentado por 12 ventiladores de elevação espalhados por suas asas com uma única hélice para voo horizontal.
"A Kitty Hawk foi criada para promover a tecnologia em voo e trazer novas inovações para o dia a dia", disse o cofundador e presidente-executivo da Kitty Hawk, Sebastian Thrun. "Estou entusiasmado com o fato de nossas empresas trabalharem juntas para acelerar a concretização do voo elétrico seguro."
Mercado
O mercado de táxi aéreo vem crescendo e contando com mais empresas. Um exemplo é a Uber, que planeja iniciar voos de teste de seu próprio serviço, o Uber Air em 2020, com um lançamento comercial previsto para 2023. Ela anunciou que está trabalhando com cinco companhias aeroespaciais para construir veículos para o serviço, incluindo uma que foi comprada pela Boeing em 2017. Já a startup Lilium completou um voo de teste de sua própria aeronave de cinco lugares no início deste ano.