O diretor de aviação comercial da Boeing, Kevin McAllister, pediu desculpas pelas 346 mortes em decorrência de quedas de aviões da companhia nos últimos meses. Na última segunda-feira (17), ele afirmou que a empresa "sente muito pelas perdas das vidas que resultaram dos trágicos acidentes". O executivo se refere às quedas de dois aviões 737 Max da Boeing que aconteceram na Indonésia em outubro do ano passado e na Etiópia em março deste ano.
Na coletiva de imprensa no Paris Air Show, McAllister disse que a prioridade da Boeing é fazer o possível para garantir que o 737 Max volte a operar de forma segura. O diretor comentou, ainda, que a empresa está passando por um momento crucial e se desculpou com os clientes pelos transtornos causados, pois diversos países proibiram que o avião continue voando até que o problema seja solucionado.
(Fonte: Pexels)
O que aconteceu com o 737 Max?
O Boeing 737 Max é a versão atualizada da família 737 da empresa, prometendo melhorias como ser mais barato na manutenção e mais econômico no consumo de combustível quando comparado à geração anterior. Diante disso, chegou a receber mais de mil encomendas.
Após acumular dois acidentes fatais em um período de 6 meses, porém, autoridades dos Estados Unidos, da China e da União Europeia suspenderam a operação do avião. As investigações dos acidentes apontam para um problema no sensor de ângulo de ataque, responsável por fornecer informações para evitar que a aeronave perca sustentação.
O sensor indica o quanto de sustentação as asas proporcionam em certa velocidade ou inclinação. O problema no 737 Max parece ser que o sistema de navegação, usando os dados errados do sensor, jogava o avião para baixo, e os pilotos não conseguiram desativá-lo. Isso poderia ser contornado com treinamento, mas muitos pilotos só souberam da existência do sistema, chamado MCAS, depois dos acidentes, pois ele nem era citado nos manuais.
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