Tesla mostra detalhes de seu novo chip dedicado para veículos autônomos
Elon Musk apresentou computador que vai substituir as placas da NVIDIA usadas nos veículos da Tesla

Imagem de Tesla mostra detalhes de seu novo chip dedicado para veículos autônomos no tecmundo
A Tesla vinha usando a tecnologia das placas gráficas da NVIDIA e componentes da Intel para montar seus veículos e o sistema de inteligência artificial (IA) e desde 2017 vem trabalhando em uma solução própria. Em outubro do ano passado, Elon Musk chegou a dizer que estávamos a seis meses da apresentação oficial de um computador dedicado para isso e eis que o executivo acertou na previsão: a companhia mostrou hoje (23) detalhes de seu novo chip dedicada para os veículos autônomos.
A probabilidade deste computador falhar é menor do que alguém perder a consciência, diz Musk
O anúncio foi feito durante o Autonomy Investor Day, em Palo Alto, na Califórnia, onde Musk disse estar exibindo o “melhor chip do mundo”. A peça tem 260 mm quadrados de silício e possui 6 bilhões de transistores. Sua performance, segundo a Tesla, é 21 vezes superior os chipsets da NVIDIA. Ele foi concebido com arquitetura de 14 nm e o processador central roda a 2.2 GHz.
Embora as configurações estejam longe do hardware das máquinas mais poderosas mundo afora, a mensagem aqui é que tudo foi criado especificamente para lidar com os dados captados pelos sensores dos carros. Ou seja, o Full Self Driving Computer, como é chamado, atua de maneira muito mais rápida e eficiente do que os produtos atualmente disponíveis em qualquer prateleira.
O sistema conta com chips de redundância para cada placa, justamente para que haja uma revisão constante de cálculos — afinal, estamos falando de vidas sob a responsabilidade de IA. A Tesla garante que seus conjuntos de redes neurais podem trabalhar com 36 trilhões de operações por segundo (cada) e custará à empresa apenas 80% do que vinha sendo gasto com outras soluções.
Galeria 1
Os Model S e Model X já vêm sendo fabricados com o Full Self Driving e o Model 3 começou a integrá-lo há dez dias. "Qualquer parte disso pode falhar e o carro continuará dirigindo. A probabilidade deste computador falhar é substancialmente menor do que alguém perder a consciência — pelo menos uma ordem de grandeza. Tudo que precisamos fazer agora é melhorar o software", afirmou Elon Musk.