Cientistas de universidades norte-americanas criam sistema de Inteligência Artificial capaz de ajustar rapidamente uma prótese robótica, permitindo que seu usuário possa caminhar no nível do solo em até 10 minutos. O trabalho publicado no periódico científico IEEE Transactions on Cybernetics aponta que a solução foi testada em pessoas amputadas, usando uma prótese com encaixe no joelho, que andaram sobre uma esteira em velocidade fixa durante o período especificado. Esse resultado representa um importante avanço no processo de automação de ajuste e uso dessa ferramenta.
No caso, quando uma pessoa sofre amputação e vai receber esse tipo de peça, ela não está apta a usá-la de imediato. Para isso, são necessárias horas de ajustes manuais para adaptação de movimentos. Em vários casos, é até mesmo preciso retornar a clínicas especializadas para novas alterações, devido a mudanças corporais do usuário, por exemplo. Já a alternativa encontrada pelos estudiosos, acelera esse processo, pois consiste em um algoritmo de tentativa e erro, capaz de reconhecer padrões a partir de dados de sensores, determinar limites de segurança e aprender parâmetros de movimentos de caminhadas.
Fonte: Helen Huang via IEEE Spectrum.
Embora pareça algo realmente promissor, ainda pode levar um tempo para que seja de fato implantado. Isso porque o treinamento de um sistema conectado a humanos tem algumas limitações. Uma delas é que, até que a IA seja estabelecida, são necessários alguns períodos de testes, que exigem rigorosos controles de segurança, evitando que os voluntários sofram algum dano, como quedas sérias.
Outro ponto importante é que esse tipo de alternativa ainda precisa de fios para conectar diferentes dispositivos e peças, sendo que o ideal é que possa possibilitar maior independência aos seus usuários. Ainda faltam outros experimentos adicionais, como caminhadas em diferentes situações mais próximas da realidade, como diante de escadas, inclinações e outras variações.