A maioria dos planos atuais para o futuro dos transportes envolvem carros autônomos, que poderiam levar passageiros para qualquer lugar sem a necessidade de intervenção humana. Mas isso não significa que os investimentos pararam em apostas mais ousadas e ainda pouco testadas, como os veículos voadores.
Uma criação nessa área é o BlackFly, veículo feito pela startup canadense Opener que recebeu investimentos de Larry Page, cofundador da Google e atual diretor-executivo da Alphabet. Essa é a segunda vez que Page apoia uma iniciativa do tipo, já tendo também investido na empresa americana Kitty Hawk.
A Opener apresentou o BlackFly ao mundo nesta quinta (12) e aposta em alguns diferenciais para mostrar as possibilidades desse tipo de veículo. De acordo com a empresa, os controles de joystick podem ser aprendidos facilmente e nem seria necessário tirar uma habilitação específica para pilotá-lo, embora ainda seja preciso passar por um programa de treinamentos antes de poder voar com ele.
O veículo foi todo desenvolvido em segredo durante os últimos nove anos e seu protótipo atual tem espaço para um tripulante, podendo alcançar uma velocidade de 100 quilômetros por hora. O motor elétrico teria capacidade para levar o “motorista” por aproximadamente 40 km. Segundo a startup, ele também pode funcionar em modo autônomo.
Outros destaques são o fato de ele fazer pouco barulho durante o voo, ter carregamento rápido, ser fabricado nos Estados Unidos e oferecer um botão RTH (Return-to-Home), uma função presente em alguns drones para garantir que os veículos procurem um local seguro de pouso quando a bateria está próxima de acabar.
Mesmo tendo sido anunciado, é visível que o BlackFly está em fase inicial de desenvolvimento, não havendo uma previsão muito certa para quando poderemos ver um produto final chegando ao mercado. Embora a Opener admita que os primeiros modelos serão caros, a expectativa da companhia é que os preços caiam até atingir valores próximos aos de um utilitário esportivo.