Se você esteve acompanhando as últimas novidades envolvendo o acidente fatal envolvendo um carro autônomo da Uber, provavelmente sabe que muitos estão lutando para definir quem foi o “culpado” do acidente. Teria sido a vítima, que atravessou a rua em uma área mal iluminada? Teria sido o motorista, que mantinha parte de sua atenção fora das ruas no momento do incidente? Seja como for, a culpa não seria dos sensores do carro.
Ao menos é isso o que afirma a Velodyne, fabricante do sistema Lidar (um radar que utiliza tecnologia laser para “ver” seus arredores) usado em boa parte dos automóveis autônomos da Uber. Em uma declaração ao Bloomberg, Marta Thoma Hall, presidente da Velodyne, defendeu seu radar, afirmando que a escuridão do cenário não deveria ter afetado seu funcionamento.
Nosso Lidar é capaz de ver claramente nesta situação. Entretanto, nosso Lidar não fez a decisão de ativar os freios ou sair do caminho
“Nós estamos tão perplexos quanto qualquer outro. Certamente, nosso Lidar é capaz de ver claramente Elaine e sua bicicleta nesta situação. Entretanto, nosso Lidar não fez a decisão de ativar os freios ou sair do caminho”, disse Thoma Hall em seu email. Não limitada a isso, a presidente da Velodyne deixa claro que, se os vários sensores de seu Lidar estivessem instalados e funcionando, esse cenário não teria sido um problema.
De quem seria a culpa, nesse caso? Bem... Digamos que, embora não dê nenhum nome em específico, a mensagem não deixa muito espaço para a imaginação. “Entretanto, fica para o resto do sistema interpretar e usar os dados para tomar decisões. Nós não sabemos como o sistema de tomada de decisões da Uber funciona”, insinua ela.
Apesar do cenário de tensão, é importante lembrarmos que o caso ainda está em investigação e que, até lá, a Uber vai deixar seus veículos autônomos fora de circulação.
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