Apocalipse robótico no mercado de trabalho: como sobreviver?

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Muitos filmes, críticos e especialistas em inteligência artificial (IA) já haviam "cantado a bola". O futuro chegou, e algumas máquinas robóticas ocupam vagas que seriam antigamente ocupadas por centenas, milhares de profissionais humanos. A tecnologia avançou tanto que, em muitos casos, é bem melhor para os produtos/serviços de uma empresa que uma máquina faça o trabalho de uma ou mais pessoas.

É claro que isso afeta diretamente a "empregabilidade" de nós, pobres humanos. Como disputar o mercado de trabalho com uma máquina extremamente fria, calculista, rápida e precisa? E como se preparar para a chegada de robôs ainda mais avançados, que ameaçam aniquilar vários cargos de especialistas bem remunerados? Não, não estamos falando de androides ou humanos com partes robóticas.

humano robo

O chefe de inovação da agência estadunidense Zenith, Tom Goodwin, compara essa ascensão de IA — incluindo tecnologias como bots de chats virtuais, Machine Learning e automação em geral — a muitos avanços básicos de engenharia feitos no passado. Goodwin dá a entender que, assim como as roldanas e alavancas facilitaram nosso trabalho braçal, a inteligência artificial facilita e acelera nosso trabalho intelectual.

Pode-se dizer, assim, que ter um diploma de graduação ou até mesmo um doutorado não será o suficiente para nos proteger dessa grande onda robótica. Goodwin comenta sobre as mudanças que estão vindo:

Eu acredito que, no passado, muitas pessoas com graduações ou empregadas em cargos 'espertos' se sentiam seguras do risco da automação. Eram os trabalhos manuais e as tarefas repetitivas que estavam sob ameaça. Agora, isso mudou. Como a inteligência e a análise podem ser feitas por computadores, a ascensão das máquinas se torna ameaçadora para muito mais gente — e gente muito mais bem paga.

É, no mínimo, muito interessante essa abordagem de Goodwin. Ele ainda comenta que os computadores são capazes de realizar atividades de diversos cargos atuais, como advogados, pesquisadores e analistas financeiros. Mesmo consultores e vendedores (que supostamente utilizam muito mais "recursos humanos" para atingir metas) não ficam fora da lista.

E o que fazer para se tornar um profissional realmente necessário e util neste possível "apocalipse robótico", tão iminente e assustador?

Seja simplesmente... Humano

Apenas cultivar e armazenar informações não será o suficiente, pois muitos núcleos de IA já fazem isso hoje em dia. Goodwin inclusive relata que ter conhecimento é pouco útil por causa dos avanços da internet, principalmente da Google.

No entanto, quatro habilidades humanas ajudarão bastante as pessoas a se provarem essenciais no mercado de trabalho:

  1. Capacidade de adaptação
  2. Criatividade
  3. Curiosidade
  4. Empatia

É difícil prever exatamente como será o mercado de trabalho dentro de uma ou duas décadas, mas é bem provável que flexibilidade para adaptação seja algo crucial para "sobreviver". Com base em todas as mudanças que estamos presenciando, pode-se dizer que um profissional qualificado e versátil (com capacidade de trabalhar em mais de uma área) será muito mais valioso do que alguém com apenas uma especialização.

Criatividade e aplicações de design também são atributos que — ainda — separam os profissionais humanos das máquinas. Ainda é bem difícil que os computadores consigam ser tão inventivos e "geniais" quanto vários profissionais do mercado. E, se as pessoas permanecerem curiosas sobre suas atividades (e sobre a vida em geral), serão essenciais para determinados avanços e também para preservarem um alto nível de interesse no trabalho.

criatividade

Por fim, outra dica valiosa é a seguinte: seja empático. Construir relacionamentos, entender relações humanas e saber se colocar no lugar da outra pessoa são e serão características vitais no mercado de trabalho. Não são apenas empresários ou negociantes que precisam dessas qualidades, mas sim quaisquer pessoas que interajam com outras em atividades diversas.

Sendo assim, podemos afirmar que os seres humanos que vão sobreviver a essa avalanche tecnológica no mercado de trabalho serão aqueles capazes de preservar e enaltecer as qualidades mais humanas possíveis.

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