De acordo com uma entrevista publicada pela Reuters na última sexta-feira (23), Jim Monkmeyer, responsável pelo departamento de transportes da empresa de logística DHL, sua companhia poderia recuperar o valor investido na compra de caminhões elétricos Tesla Semi em apenas 18 meses. Isto é, em apenas um ano e meio, os caminhões já teriam economizado o suficiente para pagarem a si mesmos.
Durante a apresentação oficial de seus novos caminhões elétricos, o CEO da Tesla, Elon Musk, explicou que, considerando a economia de combustível que os Semi poderiam proporcionar na comparação com caminhões similares a diesel, empresas conseguiriam recuperar o investimento em até 24 meses de operação.
Estamos estimando que poderíamos ter o retorno do investimento em um ano e meio de acordo com o uso de energia e também com o baixo custo de manutenção
As estimativas de Monkmeyer são menores que as de Musk porque ele está considerando também os custos de manutenção que a empresa tem com veículos tradicionais a diesel. “Estamos estimando que poderíamos ter o retorno do investimento em um ano e meio de acordo com o uso de energia e também com o baixo custo de manutenção”, disse Monkmeyer à Reuters.
Os caminhões da Tesla vão custar a partir de US$ 150 mil, cerca de R$ 486 mil desconsiderando impostos. Isso é um tanto mais caro que veículos compatíveis movidos à diesel, mas Musk afirma que, considerando a simplicidade das peças dos motores e também a eficiência geral dos caminhões elétricos, eles seriam um investimento bem interessante para o setor de transportes.
“Os custos de manutenção podem ser enormes. Só pelo fato de os motores elétricos serem mais simples quanto ao número de peças e à complexidade das próprias peças, podemos ter uma boa economia”, corroborou Monkmeyer.
Frota e carregamento
A DHL encomendou uma pequena frota de caminhões Tesla Semi no ano passado e, caso os prazos de Musk sejam cumpridos, as primeiras unidades podem ser entregues já em 2019. Contudo, a situação toda não é só flores. Monkmeyer acredita que podem haver dificuldades quanto à estrutura de carregamento dos veículos.
O maior problema estará relacionado à forma como essa grade de carregamento será fornecida
“O maior problema estará relacionado à forma como essa grade de carregamento será fornecida, como será suportada e a quão rápido poderemos ter uma rede instalada nacionalmente, em toda a América do Norte e também no mundo. Isso é um grande ponto de interrogação. Portanto, para mim, isso poderia ser um fator limitante”, admitiu Monkmeyer.
A Tesla, por sua vez, já está estudando os locais para os pontos de carregamento que deverão ser instalados de acordo com as necessidades dos seus clientes, mas ainda não há definições oficiais públicas a esse respeito.