Construções sustentáveis e novas formas de captar energia. Não é de hoje que esse assunto transita entre os cientistas. Afinal, é preciso pensar em alternativas para diminuir os impactos causados pelo homem ao meio ambiente. Unindo design e engenharia, já começaram a surgir alguns produtos diferentes. As janelas inteligentes são um exemplo. Vários modelos já surgiram, sendo capazes de mudar a sua opacidade de acordo com os raios solares.
Ainda assim, esse objeto continua exercendo fascínio entre os pesquisadores, e sempre surgem novas ideias no mercado. A mais recente foi desenvolvida por uma equipe de engenheiros da Universidade Alemã Friedrich-Schiller e promete revolucionar o mercado. O motivo? A janela não só muda a sua opacidade, como também capta a energia dos raios solares.
Janelas que geram energia
As janelas projetadas pelos pesquisadores alemães são muito mais funcionais. Feitas com o design da Linha de Fluidos Wide-Area (LaWin), elas usam uma suspensão fluida de partículas de ferro. Esse fluido está contido dentro da janela em uma série de longos canais verticais, permitindo que a janela altere a opacidade e absorva e distribua o calor no ambiente.
O que muda? Primeiramente, a economia. Afinal, a luminosidade do ambiente pode ser controlada por meio de um interruptor que arrasta as nanopartículas fluidas do ferro, deixando a janela totalmente transparente.
Segundo, além de captar a luz do sol e transformar em energia, as janelas suportam sistemas de ar-condicionado interno. Ou seja, dá para resfriar o ambiente usando a energia proveniente das janelas.
Para usar as janelas inteligentes, é necessário integrar os painéis LaWin aos vidros, o que é um processo é fácil, pois já existem tecnologias mais avançadas na fabricação de vidro. A instalação é parecida com o processo de criação de vidros duplos e triplos.
Agora, imagine quanto os prédios comerciais e residenciais podem ganhar com essa tecnologia... O custo-benefício vale a pena, pois a tecnologia ajudará a reduzir o gasto com sistemas de refrigeração.
Quem apoia essa ideia?
A tecnologia vem recebendo insumos desde 2015, com o financiamento do Programa Horizonte 2020 da União Europeia. Esse é o maior projeto europeu de apoio à pesquisa e à inovação e prevê investimentos de até 80 bilhões de euros (cerca de R$ 270 bilhões) em 5 anos.
Além das janelas inteligentes, outros projetos contam com apoio do programa. A startup Mater Dynamics, por exemplo, recebeu 50 mil euros no ano passado para conduzir seu projeto. Incubada no TEC Labs, a startup de nanotecnologia está desenvolvendo o QStamp, sensor que permite medir variáveis como temperatura, humidade e pressão, dando informação em tempo real sobre o estado de conservação e qualidade de produtos alimentares e farmacêuticos.
O programa europeu também passou a incluir projetos desenvolvidos no Brasil. Então, se você tiver uma ideia inovadora e disruptiva, vale a pena pesquisar sobre as regras.
Voltando às janelas inteligentes, vai demorar um pouco ainda para que prédios possam ser projetados com elas. A expectativa é de que o produto seja comercializado apenas a partir de 2019.
Gostou da ideia de janelas com nanopartículas? Acredita que essa pode ser uma boa solução sustentável? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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