O novo campus Bay View da Google está sendo construído a todo vapor e, assim como outras estruturas de grandes empresas de tecnologia – como o recém-inaugurado Apple Park –, muitas coisas nele vão adotar fontes de energia sustentáveis, deixando de lado combustíveis fósseis que, além de serem mais caros e esgotáveis, emitem uma quantidade grande de poluentes na atmosfera.
Entre os sistemas que mais gastam energia em uma construção de grande porte estão o de aquecimento e resfriamento, cruciais para o conforto de quem vai trabalhar lá dentro e até para o funcionamento de dispositivos tecnológicos, como servidores de grande porte. Para economizar nos combustíveis à base de petróleo e evitar o gasto excessivo de eletricidade, o campus novo da Google vai adotar um sistema de bombas geotérmicas de calor que servem para resfriar ou aquecer o ambiente com a energia do solo.
A tubulação chega a 25 metros de profundidade
Calor das profundezas
No inverno, quando precisarmos aquecer os prédios, vamos absorver esse calor do solo e, depois, no verão, quando estivermos resfriando os prédios, vamos dissipar o calor para o chão e aquecer o solo
Usando tubulações que são inseridas a até 25 metros de profundidade na terra, o sistema se aproveita da temperatura constante do solo, de cerca de 18° C, para absorver ou dissipar calor, sendo possível, inclusive, armazenar o calor em excesso de dentro do estabelecimento direto no chão para ser usado para aquecer outro local.
"No inverno, quando precisarmos aquecer os prédios, vamos absorver esse calor do solo e, depois, no verão, quando estivermos resfriando os prédios, vamos dissipar o calor para o chão e aquecer o solo", afirmou Eric Solrain, da Integral Group, uma empresa de engenharia que trabalha com a Google nesse projeto.
Mais estruturas da instalação sustentável da Google
Totalmente sustentável
O uso das bombas geotérmicas de calor vai evitar por completo o uso de gás natural e vai diminuir drasticamente a pegada de carbono da Google. Sistemas de geração de energia elétrica renovável também serão usados para dar luz ao novo campus da empresa, assim como acontece nos anteriores.
“O próximo desafio que todos vamos enfrentar é a água", disse Asim Tahir, um executivo do projeto com os Serviços Imobiliários e de Local de Trabalho da Google. “Temos que estar conscientes sobre a forma como concebemos os nossos projetos”, ele concluiu.
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