A Transport for London (TFL), órgão que regula o transporte em Londres, não renovou a licença da Uber no mês passado, alegando, entre outros motivos, que a companhia deixa de informar infrações graves e não exige certificados médicos, entre outras ações legais necessárias para continuar funcionando na cidade. O serviço de caronas aguardou até hoje (13), o último dia para recorrer contra a decisão, já que assim vai poder continuar funcionando enquanto a ação estiver em andamento.
Companhia quer mudar sua imagem com uma abordagem mais amigável de seu novo CEO, Dara Khosrowshahi
“Embora tenhamos apresentado hoje nosso recurso para que os londrinos possam continuar usando nosso aplicativo, esperamos continuar conversando construtivamente com o Transport for London. Como nosso novo CEO disse, estamos determinados a fazer as coisas certas”, comunicou um porta-voz, segundo a CNBC. O novo presidente do grupo, Dara Khosrowshahi, vem tentando encontrar uma solução junto ao TFL e segue na proposta de mudança de postura, com abordagens mais amigáveis.
Processo será avaliado em audiência marcada para o dia 11 de dezembro
"Os tribunais agora consideram o recurso da Uber e, claro, a TFL defenderá a decisão que tomaram”, comentou Sadiq Khan, o prefeito da capital inglesa, em entrevista ao Reuters. O processo, protocolado na Corte de Magistrados de Westminster, será avaliado em uma audiência marcada para o dia 11 de dezembro.
Situação desfavorável
Londres representa um dos maiores mercados para a Uber, com mais de 40 mil motoristas registrados na plataforma, de acordo com dados da própria empresa. Uma petição online contra a decisão da TFL chegou a angariar mais de 850 mil assinaturas. Contudo, não é somente a avaliação do órgão que pesa contra o serviço.
Uber enfrenta outras questões legais que podem mantê-la fora das ruas no Reino Unido
Uma investigação da Reuters revelou no mês passado que a plataforma usa uma brecha no sistema tributário para evitar o pagamento de uma taxa britânica. Com isso, a companhia, sediada em São Francisco, nos Estados Unidos, deixa de arrecadar cerca de 20% em relação aos competidores locais.
Plataforma também precisa definir se os motoristas são considerados empregados ou autônomos no Reino Unido
Além disso, o Reino Unido também avalia se os uberistas podem ser considerados empregados ou autônomos. Caso sejam classificados na primeira categoria, ele terão que ser amparados com benefícios que incluem licença remunerada, o que pode onerar — e bastante — a folha de pagamentos do grupo.
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