A Comissão Nacional de Trânsito na Austrália afirmou que, no futuro, andar embriagado em veículos autônomos poderá ser algo legalizado. O órgão independente está encarregado de avaliar e montar uma proposta de como as leis de trânsito deverão ser adaptadas para a chegada dos carros sem motorista.
Uma das medidas foi fazer uma exceção para os carros de direção sob a influência de drogas ou álcool, desde que isso aconteça em um automóvel 100% autônomo. “A situação é análoga a uma pessoa instruindo um taxista para onde ir”, explica o documento emitido pela NTC.
A comissão defende ainda que, apesar de as leis de hoje proibirem a condição de dirigir alcoolizado ou drogado, isso pode ser uma barreira a um dos benefícios que os veículos autônomos trarão no futuro – visto que o motorista não vai ter qualquer influência sobre a direção.
Mas há bom senso na proposta: a NTC diz que a proibição deve permanecer, logicamente, nos casos dos veículos semi-autônomos, visto que não há qualquer garantia de que o motorista não vá assumir a direção. Em veículos com nível de direção autônoma 4 ou 5, no entanto, os comandos são tirados do motorista no modo autônomo.
O ponto crítico aqui é que a interpretação do órgão é que, uma vez que o modo autônomo esteja ligado e conduzindo o veículo, o ocupante não pode ser responsabilizado por qualquer acidente que aconteça.
“Responsabilizar um humano pode restringir a introdução de veículos autônomos na Austrália e negar ou postergar de forma desnecessária os vários potenciais benefícios da tecnologia”, afirma a NTC. A sugestão, portanto, é que o próprio sistema e seus desenvolvedores sejam os responsáveis.
A expectativa dos australianos é que os primeiros veículos autônomos já devam chegar às estradas em 2020.
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