Nem tudo é desgraça para a Faraday Future – e o que antes era só sofrimento e motivo para pena, agora se mostrou uma das maiores demonstrações de persistência do mercado automotivo.
A empresa, que vem lutando para sobreviver por conta de problemas financeiros, teve que interromper seus planos de construir uma fábrica nos EUA, mas agora conseguiu alugar uma planta na Califórnia – o que dá uma ponta de esperança para que o FF 91, que já participou de uma competição e foi flagrado nas ruas do estado norte-americano, finalmente vire realidade.
Um dos defensores mais ferrenhos da empresa, o COO e CFO Stefan Krause, está fazendo o possível para manter o sonho vivo – mesmo que isso signifique cortar os laços com a LeEco, que originalmente foi a principal financiadora da Faraday Future (através de Jia Yueting).
“Tecnicamente, não há mais uma relação legal com a LeEco. Eles estão em uma parte dos negócios. Eles são um fornecedor e se perdermos, temos outros vários fornecedores”, disse Krause em uma entrevista ao site Roadshow.
A distância com a “companhia-mãe” é uma das chaves para salvar a reputação da Faraday Future, já que foi essa dependência que causou os problemas que a companhia enfrenta hoje.
Ter conseguido a fábrica nos EUA, no entanto, não significa que tudo melhorou: a companhia ainda precisa desesperadamente de dinheiro. Krauser está buscando uma forma de levantar US$ 1 bilhão para colocar o FF 91 em produção. O fato de o veículo ter sido testado exaustivamente e a empresa provar que o produto funciona são ótimos argumentos para os investidores e podem ser a peça-chave para a virada.
“O nível de interesse é relativamente alto. Estamos conversando com várias partes interessadas... Não teve um único investidor que me falou não até agora”, disse Krauser.
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