Parece que o mercado de veículos elétricos cresceu o suficiente para incomodar gente grande: empresas do segmento petrolífero estão revendo suas previsões sobre o mercado e percebendo – um pouco tarde, talvez – que os automóveis movidos à eletricidade são um futuro praticamente inevitável.
Um estudo conduzido pela Bloomberg New Energy Finance revelou que a OPEP, Organização dos Países Exportadores de Petróleo, quintuplicou sua previsão a respeito da venda de veículos elétricos até 2040 – de 46 milhões para 266 milhões de unidades. Outras grandes empresas do segmento, como a Exxon Mobil e a BP, também resolveram revisar os números que foram levantados no ano passado, com as duas companhias subindo suas previsões de 60 milhões para 100 milhões de veículos.
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Ao todo, a expectativa da indústria petrolífera é de que a inerente chegada dos elétricos vá reduzir a demanda por óleo em 8 milhões de barris até 2040, o equivalente a produção atual do Irã e do Iraque juntos.
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Isso pode ocasionar uma estagnação na demanda por petróleo nas próximas décadas e um impacto significativo na quantidade de dinheiro que é movimento por essa indústria – aproximadamente US$ 700 bilhões por ano.
“O número de veículos elétricos nas ruas terá implicações sérias para as montadoras, companhias de petróleo, prestadoras de serviços de energia e outras”, explica Colin McKerracher, diretor de análise de transportes avançados da BNEF. “Existe um desacordo significativo entre quão rápido a adoção deve ser e as visões estão mudando rápido”.
Enquanto algumas consultorias estimam que os elétricos responderão por 90% das vendas em 2050, a BNEF acredita que a troca do combustível pela energia elétrica só acontecerá pra valer em 2040, com 530 milhões de novos veículos elétricos – ou um terço da frota mundial – circulando por aí.
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