Depois de a Alemanha anunciar que está conversando sobre o fim da produção de veículos à combustão até 2030, é a vez da França entrar no barco das medidas drásticas para abandonar os veículos movidos a diesel e gasolina e abraçar de vez os elétricos: o país quer o fim da venda de modelos à combustão até 2040.
A notícia foi dada pelo Ministro da Ecologia, Nicolas Hulot, que afirmou que a França quer se tornar um país neutro na emissão de carbono até 2050, como parte de uma série com 23 propostas de leis diferentes voltadas ao combate das mudanças climáticas.
Por se tratar de propostas, existem pouquíssimos detalhes a respeito da forma como elas poderão ser executadas, com o exemplo mais proeminente sendo a forma como o país pretende abandonar as vendas de veículos à combustão até lá: eles serão banidos? Haverá um programa de incentivo para a troca por modelos elétricos? E os híbridos, como ficam? Essas são perguntas sem respostas, pelo menos por enquanto.
O desafio é grande, já que a frota de veículos franceses é composta em 95% por carros movidos a diesel ou a gasolina, enquanto os elétricos respondem por apenas 1,2% do total e os híbridos por 3,5%. Hulot ainda citou o recente anúncio da Volvo em tornar seu portfólio completamente eletrificado a partir de 2019.
Ele só acabou esquecendo um detalhe: isso inclui modelos híbridos que usam motores à combustão como um extensor de autonomia ou mesmo como um propulsor conjunto nos carros da marca. No fim das contas, a causa é nobre, mas precisa ser bem planejada – e isso a França tem de sobra, já que há um longo caminho até 2040.
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