A Microsoft encerrou na última semana o seu programa antipirataria para o pacote Office, que checava a legitimidade das cópias utilizadas. A empresa não quis se pronunciar oficialmente sobre o assunto, mas segundo seus representantes, o serviço foi descontinuado porque os objetivos da ação foram alcançados.
O programa, chamado Vantagens do Office Genuíno (OGA) foi criado a partir da versão 2007 do Office. Em 2006, a empresa restringiu o download de complementos aos usuários com cópias legítimas. No ano seguinte, passou a pedir senha para ativação. A Microsoft também tentou notificar alguns usuários que adquiriram cópias ilegais.
Segundo uma porta-voz da empresa, o fim do programa antipirataria não significa a desistência da luta contra as cópias ilegais. “A empresa continua comprometida em sua luta contra a pirataria e novos investimentos já estariam sendo feitos, de modo a melhorar a interação com clientes e ajudar as vítimas de fraudes”, declarou.
Apesar do fim do programa, os usuários do Office ainda precisam inserir uma senha de 25 caracteres para ativar o software. Essa prática é válida tanto para as versões do Windows quanto para a versão do Mac OS X e não deve mudar por enquanto.
Histórico de polêmicas
O OGA chega ao fim, mas deixa um histórico, no mínimo, polêmico. Em 2006, a empresa praticamente obrigou os usuários do XP a instalar o WGA. Um ano depois, uma falha no servidor fez com que milhares de usuários com cópias legítimas fossem apontados como portadores de softwares ilegais.
O caso teve consequências judiciais para a empresa e só foi encerrado em fevereiro deste ano, quando a Microsoft e os usuários que entraram com o processo chegaram a um acordo.