A Microsoft divulgou esta semana resultados de duas pesquisas encomendadas, como parte de uma iniciativa de conscientização dos danos referentes ao uso de softwares que não são originais.
Riscos conhecidos
A primeira, realizada pelo instituto TNS, teve participação de 38 mil pessoas de 20 países e mostra que um em cada dois usuários se preocupam com os danos que o uso de softwares piratas podem causar ao computador, como perda de dados, ataque de vírus e outras falhas de segurança.
De acordo com a pesquisa da TNS , 70% dos consumidores sabe que um produto original possui qualidade superior ao pirateado, sendo mais fácil de manter atualizações, além de melhor estabilidade e segurança. As pessoas sabem os riscos de utilizar um produto ilegal, não tão seguro quanto o genuíno.
Outro dado aponta para o fato de que 75% dos entrevistados afirmam que os consumidores precisam encontrar outras formas de se proteger contra a venda ilegal de softwares. Não é à toa, portanto, que a Microsoft esteja tão empenhada em sua ação mundial para a educação dos usuários e sua proteção contra este tipo de uso.
A iniciativa da empresa mostra que a prática traz mais riscos do que alguns possam imaginar e chega em parceria com as atividades do Consumer Action Day, uma iniciativa global para chamar a atenção ao problema da pirataria em softwares.
Pequenas e médias empresas também são prejudicadas
A segunda pesquisa, feita pela empresa Prince & Cooke, teve participação de 3.650 empresas da América Latina e Caribe (de portes pequeno e médio) e mostrou que 68,6% delas já foram prejudicadas por ataques causados pelo uso de softwares que não eram originais.
Realizado em outubro de 2010, a pesquisa também aponta que 13,6% sofreram perda de informação de pouco ou grande valor, enquanto 17,4% suspenderam as atividades devido a falhas mais complicadas, que impossibilitavam o trabalho.
Apenas 15% dos países conseguem identificar exatamente o quanto perderam com os problemas relacionados ao software pirata, porém, 39% acreditam que os prejuízos são médios e altos. Entre os custos estão reparos de computadores danificados e ataques de vírus que comprometem todo o sistema.
De todas as empresas entrevistadas, as 73% que usavam softwares ilegais sofreram ataques, dos quais 35% foram bem sucedidos. Em todas, informações sobre funcionários e clientes foram coletadas e/ou dados financeiros se perderam.
Microsoft na briga
A Microsoft está interessada em conscientizar os consumidores contra os riscos reais desse tipo de prática e como se proteger dos prejuízos da pirataria. Afinal, quando se usa um software pirata, fica-se exposto não apenas a vírus e à perda de dados, mas também à invasão de sistemas.
No Brasil, a Microsoft está apoiando o Instituto Brasil Legal (IBL) em campanhas para educar os usuários sobre os problemas causados pelo uso de softwares ilegais. Caso você queira denunciar práticas do gênero ou foi vítima de pirataria, ligue para Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) no 0800-110039 ou mande um email para pirata@microsoft.com.