Foto do data center da Microsoft localizado em Chicago, nos EUA. (Fonte da imagem: Divulgação/Microsoft)
Na última Worldwide Partner Conference 2013, evento realizado este mês voltado para empresas parceiras da Microsoft, Steve Ballmer revelou que, em sua totalidade, os data centers da companhia já possuem mais de 1 milhão de servidores em operação.
Com isso, a empresa fundada por Bill Gates supera o centro de processamento de dados da Amazon, mas ainda fica atrás da Google. Essa enorme quantidade de computadores dedicados para realizar tarefas requisitadas por outras máquinas visa oferecer um suporte mais completo e eficiente para serviços baseados na nuvem.
Nos últimos anos, a Microsoft tem investido bastante no cloud computing, com especial destaque para a versão online dos aplicativos presentes no pacote Office e para o SkyDrive (o serviço de armazenamento de dados da companhia norte-americana).
Seriam gastos desnecessários?
Porém, James Hamilton, vice-presidente da Amazon, publicou em seu blog pessoal uma matéria na qual diz não entender o porquê de Ballmer ter dado tanta relevância para tal fato em sua apresentação (deixando a entender que somente quantidade de servidores não garantiria a qualidade de um serviço) e comenta que essa proporção seria um custo desnecessário para a Microsoft.
Segundo estimativas de Hamilton, cada servidor consome entre 150 e 300 W. Com isso, o data center da empresa dirigida por Ballmer consumiria 300 MW (trezentos milhões de watts), o que em um ano representa 2.629.743 MWh ou 2,6 terawatts hora — o suficiente para energizar 230 mil casas nos EUA.
Além disso, o custo médio para montar um servidor é de US$ 2 mil, ou seja, a Microsoft deve ter gastado aproximadamente US$ 2 bilhões apenas para a composição de hardware das máquinas. Se adicionarmos o valor para a construção de um edifício com a função específica de um data center e outros custos necessários (como o estabelecimento de redes), esse gasto chegaria a US$ 4,25 bilhões.
Confira o que mais rolou na WPC 2013: