Por Leandro Rosa dos Santos*
O Século XXI marca uma era de transformações aceleradas no planeta, especialmente movidas pela tecnologia. Hoje, praticamente tudo depende da tecnologia. Para um bom trabalho, por exemplo, é indispensável possuir um certo domínio de recursos tecnológicos. Por isso, não ter acesso ao mundo digital é, também, uma forma de exclusão social e econômica. E qual o papel das organizações do setor na promoção de uma sociedade mais inclusiva?
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A mensagem é clara: é fundamental que os governos e as empresas busquem formas de olhar para quem ainda não está totalmente inserido no universo digital. É preciso que estejam atentos, especialmente, a quem não tem acesso à tecnologia, além de disposição, mecanismos e processos para buscar incluir essas pessoas nesse cenário. A inclusão e a democratização se conversam e caminham em uma mesma direção, a de impulsionar vidas.
O levantamento TIC Domicílios mais recente aponta que, no Brasil, o acesso à internet chegou a 84% da população em 2023, ante 80% no mesmo levantamento em 2022. Apesar do crescimento, o que é um dado bastante animador, não podemos deixar de considerar que, de acordo com o estudo, outros 16% ainda vivem desconectados. É preciso fazer mais e não medir esforços para ampliar esse alcance.
Fornecer acesso à tecnologia e à informação, hoje, é tão vital quanto garantir a educação. É abrir as portas para a inclusão econômica, produtiva e social da população, em especial àqueles que são menos favorecidos. O resultado disso é uma sociedade cada vez mais justa, inclusiva, produtiva e inovadora.
A popularização do computador e das ferramentas digitais que conhecemos atualmente no Brasil começou lá atrás, há mais de 30 anos. Ali, o desenvolvimento nacional de computadores para o uso em escolas era o passo inicial para esse futuro.
Destaco, ainda, a oferta de PCs adaptados à realidade da maior parte da população brasileira anos depois. A partir do início dos anos 1990, as pessoas, enfim, passaram a poder ter acesso ao mundo tecnológico a partir de um dispositivo de entrada, mais barato e popular, mas que era um aliado importante no ingresso ao mundo moderno.
Por isso, em plena era da Inteligência Artificial, é necessário que esse conceito siga vivo. Ao passo em que tivemos uma ampla evolução na digitalização e na imersão de milhões de pessoas à tecnologia, outras milhões ainda estão desassistidas e precisam dessa oportunidade. Cabe às empresas seguir a sugestão de soluções para todos os bolsos.
De nossa parte, existe um investimento massivo em projetos e tecnologias que visam romper essas barreiras e levar conectividade e conhecimento digital para pessoas menos favorecidas. Afinal de contas, não existe evolução digital em um País onde nem todos podem ter acesso às ferramentas que os ajudarão a crescer. Às empresas de telecomunicações cabe o desafio de ampliar o alcance de tecnologias 4G, 5G e fibra ótica todas as regiões do Brasil, especialmente as mais remotas. O investimento federal na inclusão digital também é vital.
A educação e a tecnologia caminham de mãos dadas na revolução digital de uma nação. Esse foi o nosso ponto de partida há 35 anos e é o nosso fio condutor até hoje. Por isso, somos tão confiantes no papel das empresas do setor no desenvolvimento social como um todo. Vamos, todos, fazer a nossa parte para um futuro cada vez mais positivo, mais inovador, mais sustentável e, principalmente, mais humano.
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*Leandro Rosa dos Santos é Vice-presidente de Estratégia e Inovação da Positivo Tecnologia, Companhia fundada há 35 anos para a produção de computadores para escolas e, hoje, com portfólio diversificado de produtos e serviços.
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