Drex: um guia completo sobre a moeda digital

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Entre as novidades na área da economia brasileira, está o desenvolvimento do "Real Digital", que foi batizado pelo Banco Central como Drex (sigla que abrevia a expressão “Digital Real X”). Atualmente em fase de testes, a ideia é que em 2025 a moeda fique disponível para a população.

Para ficar preparado para as mudanças, é importante saber como ela vai funcionar. Neste guia, explicamos tudo o que já se sabe sobre o Drex e tiramos todas as suas dúvidas sobre a nova moeda digital.

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O que é o Drex, o famoso “Real Digital”?

O Drex é a nova moeda digital que está sendo elaborada pelo Banco Central desde agosto de 2020. A proposta é que o Real Digital exista e circule pelo mesmo valor do Real que já existe, envolvendo as mesmas garantias e segurança da nossa moeda que começou a ser usada pela população em 1º de julho de 1994.

Diferente da moeda oficial do Brasil lançada há 30 anos, o Drex deve ser 100% digital. A proposta é que cada brasileiro e brasileira possa ter o seu dinheiro em Drex e o armazene em um sistema virtual, podendo utilizá-lo em transações pelo mesmo valor que seria se usasse cédulas ou moedas.

Mas, como a moeda será armazenada virtualmente, ela deverá ser administrada a partir das carteiras digitais disponibilizadas pelas instituições financeiras.

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
O Drex deve ter o mesmo valor do Real tradicional. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

A siga Drex foi definida por conta do sentido estipulado a cada letra: D remete ao formato digital; R se refere à moeda brasileira, o Real; E tem a ver com o sistema eletrônico no qual o Drex circulará; e X representa a inovação da moeda digital.

O Drex é uma criptomoeda?

Não, o Drex não é uma criptomoeda, e sim uma CBDC (moeda digital de um país). Ainda que ele faça uso da mesma tecnologia das criptomoedas (o blockchain), o Drex, sendo uma CBDC, tem algumas diferenças:

  • Diferente do Drex, que é uma moeda do país, as criptomoedas não são moedas oficiais. Por isso, não são reguladas por uma autoridade central de emissão;
  • O Drex só será aceito no território nacional. Já as criptomoedas podem ser trocadas livremente no mercado internacional;
  • Enquanto as criptomoedas são bastante voláteis e mudam o seu valor de mercado frequentemente, o Drex será estável;
  • O Drex terá curso forçado. Isso quer dizer que será obrigatório que seja aceito em território nacional.

Quais são as diferenças entre o Drex e o Pix?

Muita gente está com essa dúvida: se o Drex vai ser um substituto para o Pix. Na verdade, eles são bem diferentes.

A diferença mais óbvia é essa: o Drex é uma moeda (a versão digital do nosso Real), enquanto o Pix é uma forma de realizar transações financeiras, e não uma moeda.

Por isso, o Drex não vai substituir o Pix – que inclusive já está muito bem aceito entre os brasileiros –, mas será possível fazer um Pix usando valores em Drex ou em Real. Vamos ver em seguida mais algumas distinções bem expressivas entre eles:

  • Tanto o Drex quanto o Pix são criações do Banco Central. Mas, como já vimos, o Drex é uma sigla que combina letras para se referir a uma moeda;
  • O Drex usa a tecnologia blockchain, como as criptomoedas. Mas, diferente destas últimas, o Drex é controlado pelo Banco Central. Já o Pix não usa essa tecnologia;
  • Em resumo, o Pix vai continuar sendo útil para os pagamentos do dia a dia. O Drex poderá ser útil em transações mais complexas, como quando é preciso garantir que o dinheiro saia da conta após o recebimento de um produto, por exemplo.

Como o Drex vai funcionar no Brasil?

O Drex vai operar por intermédio da tecnologia blockchain, que é a mesma usada nas criptomoedas, como o BitCoin e Ethereum. No entanto, por ser uma moeda regularizada pelo Banco Central, ele deve ter um controle bem mais seguro.

Assim, o sistema do Real Digital vai poder ser utilizado para transferir dinheiro rapidamente, mas, de certa forma, terá mais segurança que o Pix e com custos menores das operações feitas – cobradas pelos bancos privados tradicionais.

A ideia é que o Drex se torne uma forma de pagamento que pode ser usada em lojas digitais, mas também entre as pessoas.

Será possível utilizar o Drex diretamente nos aplicativos de bancos, que deverão oferecer essa opção ao lado de outras formas de transação, como o Pix e mesmo o dinheiro físico. Isso vai trazer à população uma nova maneira de efetuar pagamentos, o que deve facilitar o acesso a serviços financeiros, especialmente para quem não possui conta bancária.

O Drex é seguro?

O Drex será sim uma moeda segura, principalmente porque ele é centralizado pelo Banco Central. Atualmente em fase de testes, o Drex foi aprovado no quesito dos diferentes níveis de segurança e manutenção da privacidade dos usuários.

O dinheiro físico vai acabar?

A ideia do Drex não é acabar com o dinheiro em espécie, que vai seguir circulando normalmente, seja em cédulas ou em moedas. Ao contrário: o Real Digital vai ser uma opção a mais para facilitar a vida dos brasileiros e brasileiras, aumentando o acesso aos serviços financeiros.

Deste modo, vai ser possível transformar o seu dinheiro virtual em espécie e vice-versa, uma vez que não haverá diferença entre os valores.

Ou seja, um Drex vai ser equivalente a R$ 1. Por conta disso, a moeda deve ser estável e acessível, facilitando o entendimento pela população e consequentemente o seu uso.

Vantagens do Drex

Assim, o Banco Central espera que o Drex supra algumas necessidades ao apresentar algumas vantagens:

Segurança

Por conta do uso da tecnologia blockchain, e do controle do Banco Central, o Drex deve ser totalmente seguro. O blockchain funciona como uma espécie de "livro" de registros que garante a proteção da moeda durante as transações.

Inclusão financeira

Um dos principais objetivos do Banco Central com o Drex é facilitar o acesso a serviços financeiros para pessoas que têm dificuldades para acessar o sistema bancário ou não podem (ou não querem) ter conta em banco.

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O Drex foi criado pelo Banco Central para solucionar algumas questões específicas. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

Redução de custos

Em relação aos bancos comerciais, o Drex deve ter taxas menores na intermediação bancária. Isso deve beneficiar tanto as empresas quanto os clientes.

Pagamentos rápidos

Assim como o Pix, o Drex vai ser um sistema ágil para fazer pagamentos e transferências, sem que se tenha que esperar horas ou até dias para que o dinheiro mude de uma conta para a outra.

Quando vai ser o lançamento oficial do “Real Digital”?

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
A previsão do Banco Central é lançar o Drex até o fim de 2024. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

Atualmente, o Drex está passando por sua fase de testes, e a expectativa do Banco Central é que seja possível lançar o Real Digital em 2025. No entanto, vale destacar que ainda não há uma data marcada para isso.

A justificativa para isso é que o lançamento da nova moeda digital depende também de fatores externos, que podem postergar a data. Mas a certeza é que temos é que muito em breve o Drex estará entre nós, tornando-se uma opção a mais para podermos lidar com o nosso dinheiro.

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