A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está empenhada em fazer o desligamento das redes móveis 2G e 3G no Brasil de forma ágil, mas com cautela. Essa é a proposta do gerente de Regulamentação do órgão, Felipe Roberto de Lima, citada em um evento realizado nesta terça-feira (12) pelo site Tele.Síntese.
"Olhando do nosso lado da Anatel, é estar atento como fazer isso no prazo mais rápido possível. É tentar fazer isso o quanto antes, mas da maneira mais suave possível", afirma o executivo. Até o momento, a Anatel ainda não definiu o prazo para começar a descontinuar essas tecnologias.
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A falta da informações e estimativas, segundo ele, faz parte da estratégia de não realizar o procedimento "de forma abrupta" e pegar o consumidor de surpresa, já que isso "geraria mais problemas do que benefícios". Felipe cita o processo como algo que deve "caminhar bem para o desligamento", dando tempo suficiente para que o brasileiro se prepare para a mudança.
Como será o fim do 2G e 3G no Brasil?
As redes 2G e 3G já são consideradas antigas e defasadas, tanto do ponto de vista de desempenho quanto de segurança. Além disso, atualmente mesmo os equipamentos mais básicos contam com suporte ao 4G, banda que ainda deve seguir funcionando por muitos anos no país.
O desligamento começou a ser estudado pela Anatel no final de 2023, mas o processo é lento e envolve uma série de etapas internas e consultas públicas.
Um dos passos, entretanto, já foi dado pela agência. Após abril de 2025, ela não vai mais homologar aparelhos que chegam no máximo até o 3G no Brasil, o que significa que eles não estarão autorizados para venda no país.
Como reforça Lima, o objetivo do projeto é indicar ao consumidor a "substituição por equipamentos de outras tecnologias, até para despressurizar as redes" — as frequências de faixas abaixo de 1 GHz que serão liberadas, por exemplo, servirão para a expansão do 5G.
Aparelhos que se conectam apenas em redes 2G e 3G seguirão funcionando normalmente, mas sem a possibilidade de conexão via dados móveis. Pela data desses dispositivos, a troca é mesmo o mais recomendado — no caso de celulares, por exemplo, eles possivelmente já estão há anos sem atualizações do sistema operacional, o que é considerado um risco em potencial ao usuário.
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