Elon Musk foi um dos maiores apoiadores de Donald Trump nas Eleições 2024 dos Estados Unidos, aparecendo em comícios e doando pelo menos US$ 119 milhões (R$ 723 milhões) à campanha. Mas a vitória do republicano, confirmada nesta quarta-feira (6), pode representar pontos positivos e negativos para os negócios do bilionário.
Como destaca a CNN, a Tesla deve ser a maior afetada pelo retorno de Trump à Casa Branca, a partir de 2025. Embora as ações da montadora tenham aumentado 12% no início do dia, a empresa pode enfrentar algumas dificuldades durante o novo mandato do vencedor, que não tem se mostrado favorável aos carros elétricos.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
The people of America gave @realDonaldTrump a crystal clear mandate for change tonight
— Elon Musk (@elonmusk) November 6, 2024
O próximo presente dos EUA comentou que os veículos movidos a energia são caros, têm baixa autonomia, vão acabar com empregos e destruir a indústria do país. Por causas dessas declarações recentes, há a possibilidade de que ele reduza ou acabe com programas federais de incentivo à compra dos eletrificados apoiados pela administração de Joe Biden.
Além disso, uma eventual nova guerra comercial contra a China, promovida por Trump, poderia afetar significativamente as vendas da montadora no país asiático, segundo especialistas ouvidos pela emissora. Vale lembrar que o mercado chinês representa mais de 40% das entregas da Tesla.
Carros autônomos, SpaceX e X
Por outro lado, a reportagem ressalta que os planos de Musk de ter um carro 100% autônomo podem finalmente decolar, caso Trump decida afrouxar as investigações sobre os sistemas Autopilot e Full Self-Driving (FSD). As tecnologias são alvos frequentes de agências reguladoras, devido aos acidentes em que estão envolvidas.
Já em relação à SpaceX, é possível que os contratos da empresa com a NASA não sofram mudanças, uma vez que a companhia mantém uma boa relação com o governo Biden. Além disso, a Boeing, principal concorrente, tem enfrentado problemas com suas espaçonaves.
O mesmo deve acontecer com o antigo Twitter, que foi bastante criticado por ter sido usado para espalhar fake news durante a campanha eleitoral deste ano, porém não sofreu nenhuma sanção por parte das agências federais. A expectativa é que o novo governo também não tome nenhuma medida contra o X.
Fontes
Categorias