Após o Banco do Brasil apontar que as casas de apostas podem receber mais de R$ 200 bilhões de apostadores brasileiros, o ministro da Fazendo, Fernando Haddad, prometeu “colocar ordem” no tema. Em um pronunciamento realizado nesta sexta-feira (27), Haddad também culpou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro por não agir contra o problema.
Em pronunciamento, o ministro apontou a necessidade de regulamentar o mercado das bets, algo também desejado pelo presidente Lula. “Fiquem certos de que o governo está atento e que, apesar desse enorme atraso, desse descaso, chegou a hora de colocar ordem nisso e proteger a família brasileira”, revelou a nota enviada à imprensa.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Além do ministério da Fazenda, o presidente Lula solicitou reforços para os ministérios da Saúde, Desenvolvimento Social e Esportes para combater a ilegalidade das casas de apostas, lavagem de dinheiro, e dependência com o jogo. Para isso, as autoridades devem trabalhar com o monitoramento de CPFs e multas para bets sem autorização, que podem chegar a R$ 2 bilhões.
Bolsonaro “sentou no problema”
No pronunciamento realizado por Fernando Haddad, o ministro ainda criticou a falta de ação do governo Bolsonaro em relação às casas de apostas. Segundo Haddad, o antigo governo tinha a responsabilidade de regulamentar as bets, mas não o fez, e “simplesmente sentou em cima do problema, como se ele não existisse”.
Vale lembrar que as casas de aposta foram legalizadas pela Lei 13.756/2018 no fim do mandato de Michel Temer. A lei determinava que o governo teria dois anos para regularizar as bets, com prazo prorrogável de mais dois anos, encerrado em 2022.
Hoje, o texto sobre a regulação das bets já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e o Senado. A partir de outubro, o governo brasileiro suspenderá todas as casas de apostas que não pediram autorização para atuar em território nacional.
Fontes