Qualcomm faz consulta inicial para tentar adquirir a rival Intel

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A fabricante de semicondutores Qualcomm está interessada em comprar uma das suas maiores concorrentes no mercado. De acordo com rumores da indústria, a marca cogita adquirir nada menos que a Intel.

A informação é do The Wall Street Journal, posteriormente reforçada pelo The New York Times. Segundo as fontes ouvidas pelas reportagens, por enquanto apenas "consultas iniciais" foram feitas, sem uma oferta oficial na mesa até o momento.

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Caso seja oficializada, a negociação é tida como difícil do ponto de vista regulatório: dado o tamanho de ambas as companhias, seriam várias as reclamações de órgãos fiscalizadores do mercado, preocupadas com a formação de um monopólio.

Anteriormente, o interesse da Qualcomm era apenas por alguns setores da companhia, mas agora a estratégia parece ter mudado para ela como um todo. Mesmo com as ações em queda livre, a Intel atualmente tem um valor de mercado aproximado de US$ 93 bilhões.

Cristiano Amon, o brasileiro CEO da Qualcomm.Cristiano Amon, o brasileiro CEO da Qualcomm.Fonte:  GettyImages 

Segundo as matérias, uma das possibilidades para evitar esses obstáculos é revender algumas das divisões da Intel logo após a compra — atualmente, a Qualcomm tem foco em chips para dispositivos móveis e, recentemente, retornou ao campo dos computadores com a linha Snapdragon X de processadores — justamente onde a Intel costuma ser mais presente.

Intel tenta se reerguer

O interesse da Qualcomm na aquisição de uma rival tão poderosa pode parecer irreal, mas este é na verdade o momento mais propício para uma manobra arriscada como essa. Atualmente, a Intel passa pela maior crise de sua história e busca formas de se reabilitar.

Após vários trimestres consecutivos no vermelho e problemas nos processadores Intel de 13ª e 14ª geração, a Intel anunciou em agosto de 2024 a demissão de 15% dos funcionários e um plano de corte de gastos para economizar até US$ 10 bilhões nas contas atuais.

Parte da nova estratégia inclui separar a divisão que fabrica chips para parceiros, a Intel Foundry, além de vender parte da participação da companhia na Altera. Além disso, a empresa recebeu um financiamento extra do governo dos Estados Unidos na tentativa de atrair novos clientes locais.

Até agora, Qualcomm e Intel não se manifestaram oficialmente sobre o assunto.

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