Robôs alimentados por inteligência artificial estão sendo utilizados pela Microsoft para destruir discos rígidos antigos de data centers, conforme explicou a empresa em vídeo divulgado no início de setembro. Além de reduzir o lixo eletrônico, o processo permite a reciclagem de materiais valiosos.
A destruição dos HDs em fim de vida útil acontece principalmente para a proteção de dados sigilosos armazenados, mas isso também leva à perda de materiais, como o neodímio, encontrados nos equipamentos. Como cerca de 70 milhões de discos são desmanchados anualmente, há um desperdício considerável de metais raros.
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Para solucionar o problema, a gigante de Redmond passou a investir na desmontagem dos HDs com robótica, utilizando visão computacional para dividir o dispositivo, classificá-lo e destruir a parte com dados. Ao mesmo tempo, os metais são preservados para a reciclagem.
Incluída no projeto “Descarte Seguro e Sustentável de Discos Rígidos”, a destruição dos discos rígidos com robôs alimentados por IA é liderada pelo cientista de dados, Ranganathan Srikanth, e está associada aos Centros Circulares da Microsoft, programa que visa metas de sustentabilidade ousadas. Um dos planos é tornar a empresa negativa em carbono até 2050.
Lixo eletrônico em excesso e alta demanda energética
Abrigando sistemas e componentes fundamentais, os data centers já possuíam uma alta demanda de energia, que deve dobrar até 2026 por causa das novas ferramentas de IA. Diante disso, projetos como o da Microsoft são importantes para a redução do lixo eletrônico nas instalações que se aproximam do fim da vida útil.
Nos Centros Circulares, aprendizado de máquina é usado para a desativação de servidores e a classificação de peças reutilizáveis. Em um projeto-piloto na Holanda, a companhia conseguiu maior disponibilidade de componentes e menos emissões de carbono, a partir da integração à iniciativa.
Utilizando a IA no Descarte Seguro e Sustentável de Discos Rígidos, a previsão é de alcançar uma taxa de reutilização e reciclagem de pelo menos 90% dos HDs até o próximo ano.
Fontes