A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou um aumento temporário nas contas de luz em todo o Brasil. A confirmação veio por meio da mudança na cor da bandeira que representa a faixa de custo da eletricidade em território nacional.
Em setembro de 2024, a bandeira da conta de luz é a vermelha patamar 2, que não era usada desde agosto de 2021 — período em que um nível ainda mais crítico de cobrança foi criado e usado. Na prática, ela significa um aumento de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos por unidade.
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De acordo com o comunicado da Aneel, a previsão de chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas previstas para as próximas semanas foram os principais fatores que motivaram a troca de bandeira.
Bandeiras são alteradas a cada mês com base em questões meteorológicas e de geração de energia. (Imagem: Aneel/Divulgação)Fonte: Aneel
A escassez prejudica o nível dos reservatórios das hidrelétricas, que neste caso estão em 50% ou abaixo, e aumenta a dependência de energia das termelétricas, que possuem uma geração de energia mais cara.
"A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo", diz o comunicado.
O que significam as bandeiras na conta de luz?
O sistema de bandeiras da Aneel foi iniciado em 2015 e serviu tanto como transparência por parte da agência quanto de economia para o consumidor.
Antes do estabelecimento do sistema de bandeiras, o repasse de um amento era feito nos reajustes tarifários anuais. Agora, é possível controlar mês a mês o consumo com base nos acréscimos ou cortes na conta de luz, reduzindo a chance de gastos exagerados em um mês de bandeira vermelha patamar 2, como é o caso do atual.
Em julho deste ano, a Aneel elevou o patamar de bandeira para a amarela depois de meses consecutivos na bandeira verde — nível mais baixo de cobrança e que ela voltou a atingir em agosto de 2024. O reajuste é realizado a cada mês e publicado oficialmente pela agência.
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