A Starlink comunicou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que não vai bloquear o acesso à rede social X, o antigo Twitter, em território brasileiro. Ao fazer isso, ela vai contra a determinação da própria agência de proibir a plataforma no Brasil.
Segundo o G1, ela não vai cumprir a decisão até que o ministro Alexandre de Moraes desbloqueie as contas da companhia. Elas estão congeladas como parte da punição ao X e como espécie de "garantia" de pagamento das multas por serem do mesmo dono, o bilionário Elon Musk.
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A operadora não se manifestou oficialmente sobre o caso. Caso realmente mantenha o X no ar para os assinantes, ela corre o risco de ser multada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que é o órgão que atualmente cuida do caso.
Os satélites da Starlink são lançados pela SpaceX, também de Musk.Fonte: Starlink
Com dois anos de operação no país, a Starlink é a líder no segmento via satélite e tem aproximadamente 200 mil usuários. Pela forma de operação de oferecer sinal em praticamente qualquer ponto do país, ela é especialmente popular em cidades pequenas e lugares mais remotos, onde operadoras tradicionais são raras ou não oferecem os serviços.
O bloqueio do X no Brasil
A rede social X começou a ser bloqueada no Brasil na madrugada do último sábado (31) por determinação de Moraes. A Anatel notificou as operadoras, que fez a solicitação a cada operadora. O uso de VPN para acessar o site ou aplicativo também está proibido sob risco de multa.
A plataforma de Musk teve o acesso proibido por não indicar um novo representante para a companhia no Brasil. Além disso, ela foi multada pela falta de cooperação em seguir determinações da Justiça.
Moraes solicitou ao X a suspensão de perfis investigados em inquéritos do STF, além de informações sobre o acesso de algumas dessas contas. O bilionário, sob o argumento da liberdade de expressão, acusou o ministro de promover censura e chegou até a pedir o impeachment do desafeto, além de publicar memes que provocavam o magistrado.
Musk por enquanto não decidiu sobre o futuro do X no Brasil.Fonte: GettyImages
Até agora, o X não indicou se vai mesmo seguir as novas determinações ou STF ou seguirá bloqueado no país. Alternativas como o Threads e o Bluesky foram os mais adotados pelos usuários que não podem mais acessar a rede.
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