O empréstimo feito em 2022 por Elon Musk para comprar o Twitter foi apontado como a pior transação financeira para os bancos desde a crise econômica de 2008, de acordo com fontes ouvidas pelo The Wall Street Journal (WSJ). Na ocasião, US$ 13 bilhões foram emprestados a ele, o equivalente a R$ 71,3 bilhões pela cotação atual.
Conforme a reportagem publicada na terça-feira (20), as instituições financeiras geralmente conseguem vender esse tipo de empréstimo para outros credores com facilidade, ganhando com as taxas cobradas. Porém, isso não vem acontecendo com a transação envolvendo o bilionário.
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Após uma negociação conturbada, Musk confirmou a compra do Twitter em outubro de 2022.Fonte: Getty Images/Reprodução
Devido aos maus resultados financeiros apresentados pelo X nos últimos meses, os bancos que originalmente emprestaram a quantia para Musk não têm conseguido revender a dívida. Assim, os empréstimos continuam a aparecer em seus balanços, afetando sua posição no mercado e até mesmo o bônus de executivos.
Segundo as fontes entrevistadas pelo jornal, os bancos decidiram realizar a transação bilionária pelo fato de o CEO da Tesla e da SpaceX estar entre as pessoas mais ricas do mundo. No entanto, isso não foi o suficiente para garantir o pagamento da dívida, até então, fazendo as instituições financeiras tratarem o negócio como péssimo.
Credores têm esperança de receber
Apesar das dificuldades, os credores do bilionário estão recebendo os pagamentos de juros pela dívida. O relatório aponta que eles ainda têm esperança de que o valor emprestado para a compra do antigo Twitter seja recebido, mesmo que com alguma perda.
Para tanto, é necessário que a rede social volte a apresentar um bom desempenho financeiro. Neste sentido, o WSJ observa que o X teve uma queda considerável no valor de mercado, passando para cerca de US$ 19 bilhões contra os US$ 44 bilhões de dois anos atrás, o que não é uma boa notícia para os bancos.
Um total de sete instituições financiaram Musk no negócio, incluindo Bank of America, Morgan Stanley e Barclays. Mesmo com a dificuldade para receber, eles mantêm o relacionamento comercial com o empresário, de olho em futuras transações envolvendo suas outras empresas.
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