Tesla abre vaga de 'imitador' de robôs; entenda

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Imagem: Tesla/Reprodução

A Tesla está com vagas abertas para imitadores de robôs — ou quase isso. A companhia de Elon Musk divulgou vagas para “Operador de Coleta de Dados”, um profissional que vestirá um pesado traje, óculos VR e andará como um robô para alimentar a base de movimentos do Optimus, o humanoide de propósito industrial da companhia.

Mesmo que inusitada, a vaga tem uma série de exigências. Os candidatos deverão estar aptos para vestir um traje de captura de movimentos que pesa cerca de 30 kg, além de um tipo de óculos de realidade virtual. Apesar de parecer simples, a descrição do emprego cita que os profissionais devem ter a habilidade de lidar com a desorientação de usar equipamentos como esse, bem famosos por causarem o efeito de motion sickness.

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Contudo, não é qualquer um que pode se candidatar a essa vaga. Os interessados devem ter entre 1,70 e 1,80 metros de altura, possibilidade de conciliar horários flexíveis, e certamente uma boa coordenação motora para desempenhar todos os testes necessários. A jornada de trabalho é em torno de 7 horas por dia, pagando US$ 48 (Cerca de R$ 260) por hora.

O Optimus é um robô humanoide projetado para performar tarefas repetitivas ou perigosas. (Imagem: Tesla/Reprodução)O Optimus é um robô humanoide projetado para performar tarefas repetitivas ou perigosas. (Imagem: Tesla/Reprodução)Fonte:  Tesla/Reprodução 

Tesla precisa de milhões de horas em dados

Embora toda essa descrição indique que a Tesla apenas quer dados para a captura de movimentos do robô Optimus, as coisas não são tão fáceis assim. Segundo um pesquisador da Nvidia e professor no Instituto de Tecnologia da Geórgia em entrevista à Business Insider, Animesh Garg, a Tesla poderia gastar entre algumas centenas a milhares de horas para treinar o Optimus com os dados necessários.

Por mais que a função pareça apenas andar em um ambiente e simular tarefas, a captura de movimentos para um robô não é tarefa simples. Além do gasto de tempo necessário, a Tesla deve desembolsar grandes quantias para treinar e produzir seu robô em larga escala.

Jonathan Aitken, especialista em robótica da Universidade de Sheffield, comenta que a produção de robôs em alta escala é complexa, e salienta que o custo para coletar essa quantidade de dados seria “facilmente na casa de meio bilhão de dólares”.

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