Google pode ser "fragmentado" em várias empresas por ordem dos EUA

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

14/08/2024 - 14:011 min de leitura

Google pode ser "fragmentado" em várias empresas por ordem dos EUA

Fonte : GettyImages

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está "considerando" pedir que a Google seja separada em várias companhias. A medida seria uma forma de resolver as acusações de que a empresa é um monopólio responsável por atividades anticompetitivas no mercado da tecnologia.

De acordo com a Bloomberg, o governo ainda não tomou a decisão e considera essa medida a mais radical possível. Alternativas além da fragmentação incluiriam o licenciamento de dados do mecanismo de busca para rivais, como Bing e DuckDuckGo ou a suspensão de contratos de exclusividade.

O buscador da Google está na mira de órgãos reguladores.
O buscador da Google está na mira de órgãos reguladores.

A solicitação seria uma forma de prosseguir nas ações judiciais movidas contra a Google nos EUA. No começo deste mês, a companhia foi considerada um monopólio no campo de buscas por um juiz, mas o julgamento não envolvia um veredito prático ou a aplicação de sanções. 

Até agora, representantes da Google e do governo não se manifestaram sobre o assunto e decisões oficiais não foram tomadas pela instituição. Além da tomada de decisão, o juiz relacionado ao caso precisaria aceitar o pedido para fazer a solicitação.

Como fragmentar a Google?

Ainda segundo a Bloomberg, são várias as possibilidades estudadas pelo Departamento de Justiça em uma possível ordem de separação da Google.

A mais agressiva seria obrigar a companhia a se desfazer de negócios como o AdWords, que é a plataforma de venda de anúncios nas páginas de resultados de busca. Além disso, divisões como o sistema operacional móvel Android e o navegador Google Chrome podem ser separadas para reduzir o domínio da marca em múltiplos mercados.

Decisões semelhantes antimonopólio já foram tomadas décadas atrás envolvendo a operadora AT&T e a Microsoft, mas ambas terminaram com acordos judiciais que reduziram as solicitações judiciais.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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