O senador J.D. Vance, do partido Republicano pelo estado de Ohio, foi o escolhido de Donald Trump para o cargo de vice-presidente na corrida eleitoral dos Estados Unidos. A dupla, caso saia vitoriosa, pode ter um grande impacto na atividade de gigantes da tecnologia com sede no país, mas atuação em todo o mundo.
De acordo com atuais pesquisas, a dupla está na frente em intenções de voto e contagem de delegados em relação aos Democratas. Isso significa que Vance pode assumir o cargo a partir de 2025 — e ele tem opiniões fortes a respeito de tecnologia, com uma possível influência em um eventual governo.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
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O político até tem um passado na área: ele já trabalhou para o investidor bilionário Peter Thiel, um dos fundadores do PayPal e apoiador de candidatos conservadores.
Contra as "Big Tech"
Vance é um crítico ferrenho das gigantes da tecnologia, como Alphabet e Meta, donas de Google e Facebook, respectivamente. Ele já afirmou que ambas "distorceram o processo político" e "controlam o fluxo de informação" no país.
O senador é admirador de Lina Khan, atual responsável pela FCC, o equivalente da Anatel no país — e uma de suas políticas é justamente lançar processos e punições contra essas plataformas.
Trump e Vance em comício. (Imagem: Getty Images)Fonte: GettyImages
Na prática, Vance já sugeriu "fragmentar o Google" e intensificar leis contra práticas anticompetitivas de mercado. Ele também é favorável ao banimento do TikTok, que foi confirmado em abril e entra em vigor nos próximos meses.
Criptomoedas
Por outro lado, o político é um admirador do segmento de criptomoedas e vê a blockchain como uma forma de se desvincular de bancos e do governo. Ele mesmo é um investidor: em 2022, ele declarou ter um valor em bitcoin entre US$ 100 mil e US$ 250 mil.
Até por isso, Vance é um crítico das atuais políticas da Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla original) de regulamentação considerada burocrática e baixa aceitação de criptomoedas.
Enquanto senador, ele chegou até a escrever uma lei que protegeria bancos que mantêm laços com criptomoedas e poderiam sofrer sanções do governo. O que ele poderia fazer pelo setor caso eleito, entretanto, ainda é incerto.
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