Ministério defende taxação de big techs para promover a inclusão digital

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Imagem: Getty Images/Reprodução
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O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, voltou a defender que as grandes empresas de tecnologia contribuam para a expansão da conectividade no Brasil, promovendo a inclusão digital. Ele falou sobre o assunto durante evento realizado em Brasília (DF), na quarta-feira (10).

Segundo o chefe da pasta, companhias como Google, Meta, Apple e Amazon possuem papel crucial na “formação do futuro digital”. Dessa forma, elas poderiam ajudar com o financiamento de políticas públicas que objetivam levar a internet para a parcela da população que ainda não tem acesso aos serviços online, reduzindo as disparidades.

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Ministro Juscelino Filho durante o seminário em Brasília. (Imagem: Shizuo Alves/MCom/Divulgação)Ministro Juscelino Filho durante o seminário em Brasília. (Imagem: Shizuo Alves/MCom/Divulgação)Fonte:  Shizuo Alves/MCom/Divulgação 

“Elas têm o poder de conectar pessoas, ideias e oportunidades como nunca antes. E é aqui que vemos uma oportunidade única: a de trazer essas gigantes da tecnologia para contribuir de forma a expandir a infraestrutura digital, reduzir as disparidades regionais de acesso à internet e promover a inclusão digital que tanto desejamos”, declarou, em discurso.

Um dia antes da participação no workshop na capital federal, com a presença de especialistas e representantes do governo, Filho já havia defendido o papel das big techs na inclusão digital. O assunto foi tratado durante encontro realizado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Taxação das big techs

Presente no workshop “Tecnologia das Comunicações: Inclusão digital e as big techs”, o secretário da Fazenda, Robinson Barreirinhas, reforçou a importância da participação das gigantes da tecnologia nos esforços de inclusão digital. Ele também comentou que há discussões sobre a taxação dessas empresas em vários países.

“É economicamente inviável levar a inclusão digital para todos os cantos do país sem algum tipo de justiça tributária, uma justiça distributiva dos recursos. Não me parece razoável que as maiores empresas do mundo, que mais ganham dinheiro com isso, não participem desse esforço”, afirmou.

Vale destacar que pelo menos 23 milhões de brasileiros com mais de 10 anos não têm acesso à internet, atualmente, ficando sem poder usar aplicativos de celular e redes sociais, entre outros serviços, de acordo com dados do governo federal.

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