Trabalhadores do maior sindicato da Samsung na Coreia do Sul entraram em greve nesta quarta-feira (10). O ato começou praticamente no mesmo dia do Galaxy Unpacked, evento da fabricante que revelou os principais lançamentos da companhia para o segundo semestre de 2024.
Formado principalmente por integrantes da divisão de semicondutores da Samsung, o grupo já estava em paralisação há três dias e realizou algumas passeatas no país, mas as negociações não avançaram com a companhia. Como as reivindicações estão longe de serem atendidas, agora a pausa será por "tempo indeterminado".
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Com cerca de 30 mil membros, o National Samsung Electronics Union (NSEU) concentra quase um quarto dos funcionários da companhia no país. A greve, porém, é apoiada por enquanto por cerca de 6,5 mil desses trabalhadores — sendo que a insatisfação de alguns setores já é debatida desde 2023.
O momento é importante para a Samsung em chips: a companhia tem planos de ampliar a sua presença no setor de processadores para inteligência artificial (IA) e desafiar a atual hegemonia da Nvidia no setor.
O que dizem os dois lados
Os grevistas pedem melhores condições salariais e aumento nos benefícios. Eles ainda dizem que a marca "vai se arrepender da decisão" de não participar da primeira rodada de diálogo.
Em entrevista ao site da CNN, o líder sindical Son Woomok diz acreditar que o encerramento das atividades nas fábricas vai acontecer e "vai levar muito tempo para restabelecer" os locais paralisados.
A Samsung afirmou em nota durante os primeiros dias de greve que "permanece comprometida a entrar em negociações de boa fé com o sindicato", além de garantir que "nenhuma perturbação aconteça nas linhas de produção".
A montadora Hyundai, também da Coreia do Sul, foi outra companhia a passar por indicativos de greve. O sindicato, porém, chegou a um acordo com a companhia por um reajuste nesta semana e não fará novas paralisações.