Com um aumento significativo em relação ao ano passado, a quantia de criptomoedas roubadas em ataques cibernéticos chegou a quase US$ 1,40 bilhão nos seis primeiros meses de 2024, o equivalente a R$ 7,7 bilhões pela cotação atual. Os dados foram revelados pela TRM Labs nesta sexta-feira (5).
Conforme a empresa de análise de blockchain, isso representa mais que o dobro do registrado no primeiro semestre de 2023, quando cibercriminosos roubaram US$ 657 milhões (R$ 3,6 bilhões) em ativos digitais. A realização de grandes campanhas maliciosas e a elevação do preço dos criptoativos estão entre as causas da diferença.
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Com a cotação em alta, as criptomoedas estão mais atraentes para os cibercriminosos.Fonte: Getty Images/Reprodução
O relatório detalha, ainda, que cinco grandes hacks e vulnerabilidades foram responsáveis por 70% dos US$ 1,38 bilhão em criptomoedas roubados até a metade de 2024. Os autores têm se aproveitado, principalmente, do comprometimento de chaves privadas associadas a carteiras criptográficas.
Um dos ataques de maior impacto do primeiro semestre foi o direcionado à exchange japonesa DMM Bitcoin, que perdeu cerca de 4,5 mil bitcoins, avaliados em mais de US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão) na ocasião. Segundo a corretora, a ação maliciosa tem relação com um “vazamento não autorizado”.
Cotação em alta atrai o cibercrime
Para a TRM Labs, o aumento nos roubos de criptomoedas deste ano não tem relação com problemas ou falhas na infraestrutura de segurança do ecossistema dos ativos digitais. A principal motivação estaria na alta do valor médio de tokens como bitcoin, ethereum e solana.
Os criptoativos estão se recuperando após a tendência de queda registrada no ano passado, com o bitcoin alcançado um pico histórico de US$ 73,8 mil (R$ 406 mil) em março. Dessa forma, os cibercriminosos estariam cada vez mais motivados a atacar carteiras de criptomoedas para roubar valores altíssimos.
A companhia destaca que medidas como a adoção de uma estratégia de defesa multicamada, com criptografia robusta, auditorias regulares, práticas de codificação seguras e carteiras multiassinatura reforça a proteção contra ataques. O relatório também ressalta a importância de educar os funcionários e promover uma cultura de segurança.
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