Por Macelo Faria.
Nos últimos anos, o Brasil testemunhou um crescimento exponencial nos investimentos em energia solar, atingindo recentemente a marca impressionante de R$ 200 bilhões, segundo estudo da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar).
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Este marco não apenas reflete a crescente demanda por fontes de energia limpa e renovável, mas também evidencia o potencial econômico e ambiental desse setor em ascensão no país.
Os investimentos foram direcionados para implantação de grandes usinas fotovoltaicas e também em sistemas de geração própria, contemplando telhados, fachadas e pequenos terrenos. Com isso, a fonte de energia solar já ultrapassou os 42,4 GW de potência instalada, segundo a Absolar. Esse potencial é muito significativo, o equivalente à capacidade de mais de três usinas de Itaipu, a segunda maior do mundo.
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Pelos cálculos da Absolar, o setor fotovoltaico já evitou a emissão de 51,9 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
A transição global para fontes de energia mais limpas e sustentáveis tem sido impulsionada por uma variedade de fatores, incluindo preocupações com as mudanças climáticas, avanços tecnológicos e pressões regulatórias.
No Brasil, onde a abundância de recursos naturais é uma característica marcante, a energia solar emerge como uma solução promissora para diversificar a matriz energética e reduzir a dependência de fontes não renováveis, como o petróleo e o carvão. Além disso, estima-se que o setor fotovoltaico tenha gerado mais de 1,2 milhão de empregos somente na última década.
O ambiente de investimento em energia solar no Brasil tem sido cada vez mais atrativo, impulsionado por políticas governamentais favoráveis, como incentivos fiscais, leilões de energia e regulamentações claras. Além disso, o país possui uma vasta extensão territorial com elevada incidência de luz solar ao longo do ano, tornando-o um mercado privilegiado para a geração de energia solar.
Neste sentido, o setor privado desempenha um papel crucial, com empresas nacionais e internacionais realizando investimentos significativos em projetos de energia solar em todo o Brasil.
Esses investimentos abrangem desde a construção de parques solares de grande escala até a instalação de sistemas fotovoltaicos em residências, empresas e instalações industriais. Por outro lado, o setor financeiro também tem desempenhado um papel importante, fornecendo capital para viabilizar esses empreendimentos e impulsionar o crescimento do mercado.
Os investimentos em energia solar não apenas geram retornos econômicos sólidos para os investidores, mas também trazem uma série de benefícios ambientais. Ao reduzir as emissões de gases de efeito estufa e diminuir a dependência de fontes de energia fóssil, a energia solar contribui para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover a sustentabilidade ambiental a longo prazo.
Pelos cálculos da Absolar, o setor fotovoltaico já evitou a emissão de 51,9 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Desde 2012, os negócios no setor garantiram mais de R$ 61,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. Entretanto, a participação da fonte solar equivale a 18% da matriz elétrica brasileira. Ou seja, ainda temos muito para crescer e desenvolver.
Apesar do rápido crescimento e do potencial promissor, o setor de energia solar no Brasil ainda enfrenta desafios significativos, como questões relacionadas à infraestrutura, armazenamento de energia e integração à rede elétrica. No entanto, esses desafios também representam oportunidades para inovação e desenvolvimento de soluções tecnológicas mais eficientes e sustentáveis.
O marco dos R$ 200 bilhões em investimentos em energia solar no Brasil é um testemunho do crescente interesse e confiança no potencial desse setor em transformar a paisagem energética do país.
Com políticas adequadas, investimentos contínuos e colaboração entre os setores público e privado, a energia solar está bem posicionada para desempenhar um papel central na construção de um futuro energético mais limpo, sustentável e resiliente para o Brasil e para o mundo.
O ambiente de investimento em energia solar no Brasil tem sido cada vez mais atrativo, impulsionado por políticas governamentais favoráveis, como incentivos fiscais, leilões de energia e regulamentações claras. Além disso, o país possui uma vasta extensão territorial com elevada incidência de luz solar ao longo do ano, tornando-o um mercado privilegiado para a geração de energia solar.
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Marcelo Faria, co-CEO da ForGreen, empresa especializada em sistemas de energia solar e proprietária de usinas fotovoltaicas.
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