A Microsoft foi condenada nos tribunais a pagar um indenização envolvendo a assistente pessoal Cortana. A companhia foi multada em US$ 242 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão) em um processo envolvendo uma das patentes da plataforma.
Segundo o juiz responsável pelo caso, a Microsoft infringiu uma patente da IPA Technologies relacionada a uma tecnologia de reconhecimento de voz. Essa é uma das bases de funcionamento da Cortana, especificamente para transformar comandos falados pelo usuário em texto e realizar algum tipo de ação.
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- Saiba mais: Como funciona o reconhecimento de voz?
A Microsoft nega que usou uma patente registrada oficialmente por outra companhia sem autorização e vai recorrer da decisão. O caso foi registrado em 2018, mas só agora foi analisado e devidamente resolvido.
Processo envolve briga contra outras gigantes
A IPA é uma companhia canadense de pequeno porte que faz parte da Wi-LAN, uma empresa do grupo Quarterhill. Foi esse conglomerado que comprou uma série de patentes relacionadas ao campo de assistentes pessoais digitais que originalmente eram da SRI International — a responsável pela criação da Siri, da Apple.
Por ter um catálogo valioso e fundamental de patentes de interação com usuários humanos, a IPA também já processou por motivos parecidos a Amazon, que se saiu vitoriosa na batalha judicial, e o Google, em um caso ainda em andamento.
A Cortana em funcionamento no Windows.Fonte: Microsoft
Pensada como uma rival para a própria Siri e o Google Assistente, a Cortana já foi oficialmente descontinuada pela Microsoft. Ela foi substituída em definitivo no ano passado em computadores e dispositivos móveis pelo Copilot, o chatbot de inteligência artificial (IA) da empresa.
Até o momento, a IPA não comentou a vitória parcial no julgamento. Segundo a agência de notícias Reuters, o recurso da Microsoft ainda não tem data para ser analisado.
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