A comunidade de desenvolvedores e especialistas em cibersegurança ajudou bastante o Google a encontrar e resolver bugs e falhas ao longo de 2023. Essa é uma das conclusões do relatório do programa de recompensas da empresa na área, divulgado nesta terça-feira (12).
De acordo com o Google, a empresa pagou US$ 10 milhões (cerca de R$ 49 milhões em conversão direta de moeda) para pesquisadores e programadores ao redor do mundo que apontaram falhas, bugs ou brechas em serviços e produtos da empresa.
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A evolução no pagamento de recompensas do Google.Fonte: Google Blog
O valor é o segundo maior pago anualmente pela empresa aos voluntários. O recorde foi no ano passado, com pouco mais de US$ 12 milhões distribuídos entre os participantes.
Trabalho colaborativo dos "caçadores de bugs"
Foram 632 pessoas de 68 países recompensadas, sendo que o maior pagamento individual foi de US$ 113 mil — aproximadamente R$ 560 por um único apontamento de bug, com o preço variando de acordo com o quão grave e complexo é o problema.
O serviço de apontamento de bugs é feito a partir de um site do própria Google. Qualquer pessoa pode se cadastrar na plataforma e relatar a descoberta, que, em seguida, será analisada pela empresa.
Caso ela seja verdadeira e inédita, pode gerar uma recompensa em dinheiro paga pela plataforma, após a vulnerabilidade ser devidamente corrigida por meio de uma atualização.
Do valor total, o Android foi o setor da empresa que mais concentrou o apontamento de bugs. Ele foi responsável por US$ 3,4 milhões dos pagamentos. O navegador Google Chrome, por sua vez, gerou US$ 2,1 milhões do total e foi o segundo mais popular em quantidade de contribuições.
Serviços e ferramentas do Android foram as mais notificadas por meio de caçadores de bugs.Fonte: GettyImages
Pela primeira vez, o Google aceitou a partir do ano passado o apontamento de falhas também em modelos de linguagem de larga escala para inteligências artificiais (IA). Neste caso, os apontamentos valeram para o chatbot Bard, que agora é chamado de Gemini.
O ano também marcou a introdução do sistema operacional para relógios e pulseiras Wear OS como parte do programa de recompensas.
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