Em um memorando interno enviado aos funcionários, executivos da OpenAI dizem acreditar que Elon Musk está chateado por não fazer parte da startup e por isso decidiu processá-la. A ação foi iniciada pelo bilionário na última quinta-feira (29) em São Francisco, nos Estados Unidos.
“Acreditamos que as reivindicações neste processo podem resultar do arrependimento de Elon por não estar envolvido com a empresa hoje”, escreveu o diretor de estratégia da desenvolvedora do ChatGPT, Jason Kwon. O documento, recebido pelos colaboradores na sexta-feira (1º), foi divulgado pela CNBC.
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Sam Altman também participou da fundação da OpenAI.Fonte: Getty Images/Reprodução
Na sequência, Kwon comenta sobre o sentimento de ver alguém que estava presente nos momentos iniciais da startup se voltar contra ela. “É profundamente decepcionante ver Elon tomar esta ação contra uma empresa que ele ajudou a fundar, especialmente dada a sua estreita colaboração com alguns de vocês que ainda estão aqui trabalhando”, declarou.
Vale lembrar que Musk foi um dos cofundadores da OpenAI, em 2015, e responsável por pagar o aluguel do primeiro escritório da marca, além de ter investido pelo menos US$ 44 milhões nela. Seu desligamento ocorreu em 2018, quando ele disse que a inteligência artificial se tornaria “potencialmente mais perigosa que as armas nucleares”.
- Leia também: A origem do ChatGPT: conheça a história da OpenAI
Por que Elon Musk processou a OpenAI?
Na ação aberta no final de fevereiro, os advogados do dono do X/Twitter alegam que a OpenAI e o seu CEO, Sam Altman, abandonaram o propósito original da empresa, que era desenvolver ferramentas de IA para o benefício da humanidade, sem fins lucrativos. Eles também mencionam a importância de Musk nos passos iniciais da startup.
O papel do bilionário na criação da desenvolvedora foi lembrado no memorando interno. Porém, Kwon ressaltou que ele chegou a solicitar “controle inicial total e participação majoritária”, além de sugerir que a OpenAI se fundisse com a montadora Tesla.
Sobre as duas propostas, o chefe do setor de estratégia comentou que o colegiado não achou nenhuma delas apropriadas, decidindo ignorá-las. Quanto ao desvio do objetivo inicial alegado no processo, o diretor reafirmou que a companhia se mantém independente e continua a trabalhar para que a IA beneficie toda a humanidade.
Outro executivo que assinou o documento, Altman reiterou a declaração de Kwon e chamou Musk de “herói”. No entanto, disse sentir falta da versão antiga do cofundador.
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