Na última quarta-feira (11), o governo chileno assinou parceria com o Google para a construção do primeiro cabo submarino de fibra ótica que irá interligar América do Sul, Ásia e Oceania.
Batizado de "Projeto Humboldt", o cabo de 14.800 quilômetros de extensão, com uma capacidade impressionante de 144 terabytes por segundo, ligará Valparaíso, no Chile, a Sydney, na Austrália, passando também pela Ásia.
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Com um investimento inicial de US$ 55 milhões (aproximadamente R$ 268 milhões). A construção será iniciada em 2025, com conclusão projetada para um ano subsequente e uma expectativa de operação estendida por 25 anos.
O objetivo é que a transmissão de dados da Ásia e a Oceania seja otimizada, caracterizada por uma redução notável na latência e maior autonomia, permitindo um ambiente propício ao desenvolvimento de ferramentas de alta tecnologia.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, destacou que esse projeto "consolida a posição do Chile como centro de atividade digital na América do Sul, abrindo portas para novas indústrias, empregos e melhores condições de trabalho e vida para milhares de pessoas".
Gabriel Boric, presidente do Chile, no evento Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC) CEO Summit, em novembro de 2023Fonte: Reuters/Reprodução
Karan Bhatia, vice-presidente Global de Assuntos Governamentais e Políticas Públicas do Google, ressaltou a importância do cabo como uma "conexão física com a Ásia e uma rota comercial do século XXI".
Os Estados Unidos, por meio de seu Departamento de Estado, expressaram seu reconhecimento à iniciativa. Eles destacaram que ela impulsionará "a integração econômica global da América do Sul e das nações insulares do Pacífico por meio do avanço na conectividade digital".
Batizado em homenagem ao renomado geógrafo e astrônomo alemão Alexander von Humboldt (1769-1859), o projeto também presta homenagem à Corrente de Humboldt, que serpenteia ao longo das costas chilena e peruana.
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