A entidade reguladora de mercado da União Europeia vai investigar a parceria entre a Microsoft e a OpenAI. A relação da dona do ChatGPT com a gigante da tecnologia já é alvo de uma operação similar no Reino Unido.
O objetivo do estudo é o mesmo da análise atualmente em andamento pela Competition and Markets Authority (CMA). O grupo pretende descobrir se a proximidade entre as duas empresas é suficiente para se configurar como uma fusão.
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A investigação da Comissão Europeia foi anunciada nesta terça-feira (9) e continua em fases iniciais de produção. Por enquanto, serão realizadas apenas consultas públicas em busca de contribuições, em uma etapa aberta até o dia 11 de março de 2024.
Parceria entre OpenAI e Microsoft ameaçada?
A aliança entre OpenAI e Microsoft já é de longa data. A empresa dona do Windows é uma das principais investidoras na dona do ChatGPT, tendo realizado três diferentes injeções de dinheiro na companhia desde 2019.
Sam Altman, CEO e principal porta-voz da OpenAI.Fonte: GettyImages
A última rodada de investimentos com participação da Microsoft foi no início de 2023, quando aproximadamente US$ 10 bilhões foram aplicados. Em contrapartida, a empresa tem participação na parte lucrativa da marca e utiliza o modelo de linguagem GPT-4 em seus serviços de IA, como a plataforma Copilot.
- Veja também: Como usar o Windows Copilot?
A participação frequente e intensa da Microsoft nos negócios da OpenAI ficou ainda mais evidente em novembro do ano passado. Esse foi o período em que o CEO Sam Altman foi demitido pelo conselho e contratado dias depois pela própria Microsoft — voltando ao cargo antigo em seguida após pressão dos funcionários.
Desde esse momento, a Microsoft virou também "parte observadora" do novo conselho, o que só reforça as pistas de que, na verdade, é como se a gigante fosse praticamente dona da OpenAI sem de fato realizar a aquisição.
O Copilot em funcionamento no Windows 11.Fonte: Microsoft
Na atual etapa da investigação, as empresas envolvidas e especialistas no assunto foram convidados a debater sobre as questões de competição no mercado de IA.
"Mundos virtuais e IAs generativas estão se desenvolvendo rápido. É fundamental que esses novos mercados continuem competitivos e que nada fique no caminho do crescimento de negócios e no fornecimento dos melhores e mais inovadores produtos para o consumidor", diz a vice-presidente executiva da Comissão Europeia, Margrethe Vestager.
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