Pensar nas atividades do campo é imaginar algo ligado a pessoas mais velhas, arraigadas costumes antigos e avessas às novas tecnologias, correto? Se você acha isso, reflita novamente.
O fato é que os avanços tecnológicos têm demandado a presença da população mais jovem do Brasil nas práticas rurais. E, mais do que isso, esse setor tem se tornado cada vez mais atraente às novas gerações.
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A agricultura digital já é uma realidade, e ela demanda de profissionais e empreendedores que possam entender e tocar o trabalho nesse cenário conectado às redes digitais. O que se vê atualmente, por exemplo, é uma transformação das práticas agrícolas, que passam a ser moldadas pelas novas possibilidades tecnológicas. Só que esse movimento também tem mudado a cara dos trabalhadores do agro. Acompanhe!
Quais são as novas tecnologias no cenário rural?
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O ramo da agricultura digital envolve o uso de tecnologias que impactam na modernização, na automatização e na melhora da produção agrícola. Muitas operações começam a ser realizadas com o apoio de ferramentas digitais, garantindo ao campo mais eficiência, mais produtividade e menos desperdício.
Neste novo setor, há várias possibilidades de ferramentas e serviços a serem empregados no campo, como:
- drones, sensores;
- inteligência artificial;
- Internet das Coisas (IoT).
Há também ferramentas inteligentes, como o Simulador de Benefícios da ConectarAGRO, capaz de fazer os agricultores cortarem cerca de 15% dos custos por meio do uso otimizado de sistemas de irrigação e pulverização.
Todos esses processos exigem profissionais com preparação técnica e acadêmica para atuar nesse mercado conectado. Por isso, os mais jovens têm se tornado mais requisitados para o trabalho rural.
Além da inclusão deles, a conectividade também tem se mostrado capaz de aprimorar o trabalho em diversos aspectos, dando, por exemplo, o acesso a cursos online e a serviços públicos.
Empreendedorismo rural para os mais jovens: já é uma realidade
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De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), a presença no trabalho rural de jovens que estão na faixa dos 18 aos 21 anos aumentou de 20% para 27%. Além disso, a idade média dos produtores também diminuiu 3,1%.
O perfil do jovem agricultor é interessante neste cenário, justamente porque ele tem buscado se preparar para o uso de técnicas que vão além das tradicionais. Eles conseguem levar ao ambiente rural um tipo de gestão baseada em alta tecnologia e na precisão de dados, promovendo uma maior eficiência na produção.
Há mais um fator que tem levado os mais jovens para esse tipo de trabalho: a possibilidade de empreender. O agronegócio tem se mostrado um terreno bastante interessante para os que querem testar novas ideias de negócios. Dentre os âmbitos a serem explorados, estão o uso de técnicas para o aumento da produtividade, a inovação para solução de problemas, a preservação do meio ambiente, entre outras.
Neste contexto, a liderança jovem tem sido bem vista dentro do setor. O próprio Governo Federal tem buscado estimular esse movimento, e por isso lançou o Manual do Jovem Empreendedor Rural, que visa “fornecer um passo a passo para a abertura e a consolidação dos negócios no campo, desde a aquisição da terra até o desenvolvimento de um modelo de negócios rentável e sustentável". Há também outros cursos e formações oferecidos por instituições como a Embrapa, e que tiram proveito justamente das potencialidades do digital para o ensino a distância.
A presença das novas gerações no campo, modificando o processo de êxodo rural, é considerado muito importante, uma vez que leva à formação de novos profissionais que continuarão fazendo o trabalho que seus pais e avós já faziam – só que melhor.
A PRODAP - Centro de Gestão da Tecnologia da Informação, por exemplo, já se posicionou que o processo de sucessão no campo é uma realidade que precisa ser enfrentada pelo país. "A nova geração, ligada na tecnologia e com visão mais empresarial, traz onda de renovação para a pecuária”, afirma em uma matéria recente publicada na Revista DBO.
Atrações da nova agricultura digital para os mais jovens
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Mas é claro que, para que os jovens parem de evadir do campo para a cidade, é preciso que o cenário da agricultura digital tenha atrativos para eles. Vejamos algumas dessas vantagens.
1. Bom acesso a informações e recursos
A grande quantidade de recursos tecnológicos, trazendo um melhor acesso às informações para a gestão, é um bom atrativo para que os jovens trabalhem nesse setor sem terem a impressão de estarem "parados no tempo".
2. Inovação e sustentabilidade
Outro atrativo é justamente a possibilidade de inovar dentro do ramo de forma sustentável, diminuindo as agressões ao meio ambiente. Isso é fundamental para as novas gerações, que estão cada vez mais conectadas a este aspecto.
3. Redução de custos
Com custos mais baixos de produção por conta da tecnologia, o ambiente digital pode se tornar mais atraente aos jovens, dando margem a salários mais altos.
4. Conexão com a sociedade
A partir de um mundo hiperconectado, inclusive nas zonas rurais, os jovens conseguem viver no campo e criar uma comunidade ampla, entre amigos e uma rede profissional. Isso torna este setor mais atraente a muita gente.
Quais são os desafios da agricultura digital?
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Embora este ramo da agricultura digital seja muito promissor, é claro que ainda há desafios para a evolução dessas práticas. Uma delas diz respeito ao mais básico, que é a própria conectividade: 70% das propriedades rurais ainda não têm acesso à internet. Para superar esse desafio, a ConectarAGRO se apresenta como solução, a partir da oferta de serviços de conectividade no campo por meio de rede 4G em 700MHz.
De acordo com a empresa, a missão é possibilitar que a agricultura digital explore da melhor forma possível a convergência e a conectividade possibilitadas pelas inovações tecnológicas. E tudo isso se adequa a uma demanda de gerações mais jovens no agro.
"A juventude está assumindo um papel crucial nesse movimento, retornando ao campo com uma abordagem inovadora e conectada. A agricultura digital não apenas otimiza os processos agrícolas, mas também cria uma ponte entre gerações, onde a experiência se combina harmoniosamente com a tecnologia da informação", afirma Ana Helena de Andrade, presidente da Associação ConectarAGRO.
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