A Amazon não descarta a possibilidade de começar a cobrar uma taxa para que os usuários possam utilizar a assistente pessoal Alexa no futuro. A informação partiu de Dave Limp, que até a semana passada era o chefe da divisão de dispositivos Echo.
Em entrevista para a Bloomberg após o evento global de dispositivos Amazon, o executivo confirmou que existem planos de cobrar uma assinatura para o uso da Alexa. O mesmo já ocorre com a versão premium de inteligências artificiais como o ChatGPT.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
A Amazon vai investir consideravelmente em IA nos próximos anos.Fonte: GettyImages
"Sim, nós absolutamente pensamos nisso. Quando você começa a usar isso bastante, o custo de treinar o modelo e o gasto de inferência dele na nuvem são substanciais", afirma o Limp.
Ao elaborar a resposta, ele garante que isso não será algo repentino, mas também que "não está a décadas de distância".
Segundo o executivo, antes da cobrança é preciso garantir que a Alexa seja "extraordinária" e "algo que tenha muita utilidade para cada morador da casa" — uma capacidade que, por enquanto, ela ainda estaria longe de oferecer. "A Alexa que você conhece e ama atualmente vai continuar gratuita", enfatiza.
É provável que o diretor se refira aos recentes investimentos da companhia no setor, tanto em plataformas próprias para melhorar a qualidade de fala e de respostas da Alexa quanto na Anthropic, uma rival da OpenAI que também mantém um chatbot generativo.
Limp afirma ainda que não há qualquer ideia de preço até o momento e que a empresa irá conversar com consumidores para "aprender com eles e qual eles acreditam que o preço deveria ser".
Também não há informações se a tal mensalidade seria cobrada de forma avulsa ou faria parte do pacote de benefícios Amazon Prime, ou no valor do dispositivo Echo, por exemplo, mas Limp não é fã da ideia por já acreditar que ambos já são comercializados por um preço abaixo do que realmente valem.
O próprio gerente não deve estar presente na empresa para ver isso acontecer. Limp sai para a Blue Origin ainda no final de 2023, sendo substituído por Panos Panay, ex-gerente das divisões de Windows e Surface na Microsoft.
Fontes