A Geração Z, o mundo gamer e as revoluções que conectam o mercado

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Equipe TecMundo

Por  Vagner Santana

Estamos inseridos em uma sociedade em constante transformação, com o surgimento de novas vivências e experiências para além dos limites do mundo físico, como as transações com moedas digitais, as compras online com visualizações de produtos em 3D, o boom da inteligência artificial e o metaverso.

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Nesse cenário, a geração nascida entre 1995 e 2010, também chamada de Geração Z (GenZ), tem se destacado pelo poder de influência na decisão de compra dentro das famílias, segundo o relatório especial Trust Barometer 2022, da Edelman Data & Intelligence (DxI).

 A transformação digital para esta geração não é algo novo, e sim uma realidade estabelecida.

Com personas digitais consolidadas e presença ativa nas redes sociais, os membros da GenZ compartilham suas rotinas de forma espontânea e natural, atraindo engajamento e, por consequência, gerando influência. Esse comportamento vem chamando a atenção das grandes empresas, que buscam inovações para conversar com esse novo perfil de consumidor mais conectado, exigente e também engajado politicamente.

Simultaneamente a esse cenário, o universo gamer também tem gerado transformações importantes nas relações entre empresas e público e na sociedade de modo geral. Esse nichovem ganhando cada vez mais notoriedade e ditando novos formatos de comportamento, testes e consumo. Apesar do seu estereótipo infantilizado, o universo de jogos virtuais definitivamente não é algo só para crianças ou jovens do gênero masculino.

Segundo a pesquisa Game Brasil 2022, desenvolvida pela consultoria Go Gamers, as mulheres são maioria na população gamer brasileira: representam 51% da comunidade, frente a 49% de homens. Além disso, 50,2% dos jogadores virtuais no país têm idade entre 25 e 49 anos.

No âmbito regulatório, o Marco Legal dos Games tramita no Senado Brasileiro com uma estimativa de potencialização do setor, que pode gerar até 5,8 mil empregos até 2026. Em paralelo, a educação “gamificada” tem sido cada vez mais difundida e aceita como metodologia de formação e integração entre profissionais.

Parte do mercado já acena para essa realidade. As marcas têm direcionado suas atenções para os games, promovendo ações de brand gamification ou brand gaming, com o objetivo de oferecer experiências imersivas ao público.

Mulheres no mundo dos gamesSegundo dados da Game Brasil, ao contrário do que se acredita, as mulheres são maioria na população gamer no país.Fonte: Getty Images

O poder de influência crescente da GenZ e a expansão do universo gamer contam, ainda, com um ingrediente extra: a revolução da tecnologia 5G, que promete trazer ainda mais impacto na rotina da população, não só no Brasil, mas no mundo. Ela será a habilitadora de novas versões de conceitos digitais e nos trará ainda mais a sensação de imersão, realidade e agilidade na palma das nossas mãos, via nossos dispositivos eletrônicos.

Geração Z, universo gamer e 5G. Junto, esses três componentes, interligados e coexistentes, já impactam nosso presente e nos apontam para amplas possibilidades no futuro, permitindo novos modelos de entretenimento, educação, consumo e produtividade.

Quanto mais cedo as instituições – públicas, privadas e do terceiro setor – entenderem essa realidade, maiores serão as chances de gerarem valor e se manterem relevantes em um mercado cada vez mais desafiante. Sairá ganhando quem souber aproveitar melhor, e mais rápido, toda essa potência."

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Vagner Santana é formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Pernambuco e com pós- graduação em Gestão da Inovação pela ESPM, atuou ao longo de 8 anos em contato direto com o mercado empresarial Pernambucano, com o objetivo de desenvolver e fortalecer pilares relacionados a empreendedorismo e inovação. Foi responsável pela liderança e desenvolvimento de times comerciais no Nordeste nas cidades de Fortaleza, Salvador e Recife, além de possuir vivência internacional no Canadá e Estados Unidos. Atualmente é o executivo responsável pelos escritórios de Recife e São Paulo do Brain, o Centro de Inovação fundado pelo Algar Telecom, empresa de telecomunicações do Grupo Algar.

 

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