A Meta, dona de serviços como Facebook, Instagram e WhatsApp, vendeu a plataforma de busca e catálogo de GIFs animados Giphy por US$ 53 milhões — cerca de R$ 263 milhões em conversão direta de moeda, um valor bem menor do que ela mesma pagou três anos atrás.
A nova dona do serviço é a empresa Shutterstock, mais conhecida pelo banco de imagens. A negociação envolve um pagamento em dinheiro, não em ações ou outros bens, e deve ser finalizada ainda em junho deste ano, após a aprovação de órgãos reguladores.
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A decisão não partiu da própria Meta, mas sim da autoridade britânica de regulação de mercado, a Competition and Markets Authority (CMA). A instituição não aprovou a aquisição por receios de que ela geraria efeitos anti-competitivos no mercado, como concentrar os serviços apenas em seus ambientes ou limitar o uso de GIFs por parceiros.
Compra barrada
A compra do Giphy foi anunciada em maio de 2020 por US$ 400 milhões, mas no ano seguinte o bloqueio foi anunciado. A Meta chegou a recorrer da decisão, mas não conseguiu reverter o veredito e até foi multada no processo.
Em seguida, além de não autorizar o andamento da compra, a CMA obrigou a empresa a revender a plataforma. Vale lembrar que a britânica CMA é a mesma comissão que rejeitou a compra da Activision Blizzard pela Microsoft e segue com a mesma opinião mesmo após a aprovação em outras regiões, como a União Europeia.
Giphy será vendida para a Shutterstock.Fonte: Giphy/Reprodução
Na nova casa, o Giphy deve manter o nome e funcionamento, ao menos por enquanto. O acervo de animações de curta duração é de fácil utilização em outros serviços, como redes sociais e mensageiros. Agora incorporado ao catálogo da própria Shutterstock, ele já acumula mais de 1,7 bilhão de usuários ativos e registra mais de 1,3 bilhão de buscas todos os dias.
As parcerias do Giphy envolvem os próprios serviços da Meta, além de TikTok, Twitter, Snapchat, Slack e o Teams, plataforma corporativa e de videoconferências da Microsoft.
Fontes