O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que deverá nomear o advogado Dario Durigan como secretário-executivo da pasta. O executivo trabalha como Head de Políticas Públicas do WhatsApp no Brasil desde 2020. O cargo é o segundo mais importante do ministério, sendo responsável por substituir Haddad em sua ausência.
A vaga surgiu após a indicação do atual secretário-executivo, Gabriel Galípolo, para a diretoria de política monetária do Banco Central, que ainda deve passar por sabatina e aprovação do Senado Federal. “O Dario assume a secretaria imediatamente após a posse do Gabriel Galípolo no Banco Central", disse Haddad em conversa com jornalistas em Brasília.
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Antes da trabalhar na Meta, Durigan foi assessor especial de Haddad, durante a sua gestão na Prefeitura Municipal de São Paulo. Ele atuou também como advogado da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador de Projetos do Departamento de Gestão Estratégica da Advocacia Geral da União (AGU).
O recém-anunciado secretário-executivo também foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, durante o mandato da presidente Dilma Rousseff e consultor jurídico da União em São Paulo entre 2017 e 2020.
Atuação contra fake news
Durigan ficou conhecido pela atuação contra as fake news no Brasil e agora vai atuar pelo novo arcabouço fiscal e pela reforma tributária.Fonte: LinkedIn/Reprodução
No WhatsApp, o posto assumido por Durigan foi criado para combater a disseminação de notícias falsas nas Eleições de 2018. Enquanto esteve à frente do cargo executivo da Meta no Brasil, a empresa fez parcerias com veículos de imprensa para checagem de notícias e incluiu o aviso de que uma mensagem foi encaminhada diversas vezes.
Em entrevista de 2022, Durigan chegou a afirmar que as eleições brasileiras são “a mais importante para o WhatsApp no mundo”. Naquele ano, a plataforma baniu cerca de 8 milhões de contas por mês por conta dos envios automatizados.
Ele considera que o Projeto de Lei (PL) 2630/2020 (das Fake News) é um avanço e tem um debate amadurecido, mas afirma que a versão aprovada no Senado representa um risco para a empresa e para a privacidade dos usuários.
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