O novo formato da Virada Cultural de São Paulo foi cancelado. A prefeitura da capital paulista havia anunciado uma versão do evento no metaverso, o que custaria R$ 10 milhões em licitação. As atividades presenciais continuam de pé.
A decisão da prefeitura foi anunciada na quinta-feira (27), depois que o Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM) suspendeu o edital de contratação da parte virtual. Por não ter tempo suficiente para responder aos questionamentos e realizar a Virada no Metaverso, "o modelo não será realizado na Virada Cultural 2023", disse a Secretaria Especial de Comunicação.
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O TCM encontrou irregularidades na contratação e recomendou o adiamento, além de ter dado cinco dias para que a secretaria desse respostas. Os principais pontos foram o orçamento (em 2022, todo o evento custou R$ 13 milhões), que não condiz com a forma de contratação, falta de estudo técnico e diferenças nas propostas presentes.
Antes mesmo da suspensão pelo órgão, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) já havia questionado o modelo virtual. Ela destacou que, na prática, era uma redução do acesso à cultura.
A Virada Cultural de São Paulo 2022 teve orçamento de R$ 13 milhões, contra os R$ 10 milhões destinados apenas ao metaverso em 2023.Fonte: Prefeitura de São Paulo/Divulgação
"Virada Cultural para ser descentralizada e chegar com força em várias partes da cidade precisa de recursos e reduzir o investimento na virada cultural e passar a investir e metaverso é um contrassenso", disse a deputada.
A Virada Cultural no Metaverso foi anunciada pela Prefeitura de São Paulo em 29 de março para acontecer no último fim de semana de maio, nos dias 27 e 28. A ação incluia "24 horas de programação cultural, tecnológica e inovadora para estimular a convivência harmônica em espaços públicos e digitais".
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