O Clubhouse, rede social de áudio que fez social durante a pandemia, anunciou quinta-feira (27) em seu blog que está demitindo mais da metade dos empregados. Lançada em março de 2020, a plataforma permitia que os usuários participassem de salas de bate-papo ao vivo em tempo real sobre tópicos diversos.
Com grande parte da população mundial confinada em casa, o sucesso foi imediato. Logo celebridades, como Oprah Winfrey e Elon Musk, estabeleceram conversas com centenas de pessoas em salas virtuais. No auge do hype, a empresa foi avaliada em US$ 4 bilhões (R$ 20 bilhões) pelo fundo de capital de risco Andreessen Horowitz em uma rodada de financiamento.
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O fim dos bloqueios obrigou o Clubhouse a reduzir agora sua estrutura "a uma equipe menor e focada no produto". A empresa não divulgou o total de demitidos. Em uma entrevista em outubro do ano passado, o cofundador Paul Davison disse ter cerca de 100 funcionários e “anos de caixa no banco”.
Por que o Clubhouse decidiu demitir metade da equipe?
Clubhouse diz que só funciona quando "você tem tempo para se encontrar".Fonte: Clubhouse
Na mensagem aos funcionários, postada no blog da empresa, Davison explica o downsizing: “Como o mundo se abriu pós-covid, ficou mais difícil para muitas pessoas encontrar seus amigos no Clubhouse e encaixar longas conversas em suas vidas diárias”. Ou seja, o produto só funciona "quando seus amigos estão no produto e você tem tempo para se encontrar".
Os fundadores Paul Davison e Rohan Seth também prometem, no e-mail, apoiar as pessoas que estão deixando a empresa e reconhecem a importância do seu trabalho. Nesse sentido, além de pagar o salário integral de todos os afetados até 31 de agosto de 2023, eles permitirão que os demitidos mantenham seus laptops fornecidos pela empresa.
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