A gigante de tecnologia Cisco encerrou suas operações na Rússia e Bielorrússia em março de 2022, devido à guerra em grande escala que Putin iniciou contra a Ucrânia em fevereiro do mesmo ano. Durante sua saída, a subsidiária russa da empresa destruiu US$ 23,5 milhões em equipamentos não vendidos.
Embora a empresa tenha sofrido impacto financeiro, preferiu destruir o equipamento em vez de permitir que ele caísse nas mãos dos russos. No entanto, o impacto real pode ter sido maior, já que a companhia cancelou US$ 67 milhões em ativos, incluindo peças de reposição importadas, móveis e carros.
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Para a Cisco, que registrou receita de US$ 13,592 bilhões e lucro líquido de US$ 2,773 bilhões no segundo trimestre do ano fiscal de 2023, essas somas de dinheiro são relativamente insignificantes.
Risco de sanção
Estados Unidos impuseram sanções para empresas que negociam com russos por conta de guerra na Ucrânia. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Fonte: GettyImages
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, as sanções e os controles de exportação dos Estados Unidos aumentaram significativamente. Essas medidas foram coordenadas com aliados europeus e asiáticos e, portanto, manter contratos com o governo de Putin pode gerar prejuízos financeiros maiores.
Os exportadores dos EUA que desejam negociar com a Rússia devem informar todas as transações que envolvam entidades ou indivíduos russos e estar cientes das sanções impostas ao setor bancário e financeiro do país. Até mesmo empresas de fora dos EUA, como a Samsung, podem sofrer sanções americanas.
Além disso, o transporte e a logística dentro e fora do território russo tornaram-se mais complicados, devido às restrições nas ligações aéreas e marítimas.