A Disney é mais uma entre as várias grandes empresas realizando demissões em massa. Em um processo de reestruturação interna, a gigante do entretenimento encerrou seu departamento voltado para metaverso, demitindo aproximadamente 50 funcionários.
Segundo memorando interno divulgado pela CNBC, o atual CEO, Bob Iger, planeja eliminar cerca de 7.000 cargos que se tornarão redundantes. Além das 50 demissões desta terça-feira (28), são esperadas mais uma rodada em abril, e uma terceira antes do meio do ano, reduzindo custos em cerca de US$ 5,5 bilhões.
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A Disney criou seu setor focado no metaverso em fevereiro de 2022, meses após o Facebook mudar o nome da empresa para Meta. No entanto, após prejuízo de US$ 13,72 bilhões da divisão Reality Labs, a própria empresa de Mark Zuckerberg está deixando a tecnologia de lado, e alocando investimentos em produtos com apelo mais popular.
Por que estão desistindo do metaverso?
Mais do que uma ideia revolucionária, para uma nova tecnologia emplacar ela precisa ser acessível a uma grande parcela de consumidores. Apesar de o conceito de metaverso ser bem inovador, os dispositivos necessários para garantir uma adoção em massa ainda são muito caros.
Além disso, o custo de pesquisa e desenvolvimento necessários na área são extremamente elevados. Essa combinação, fatalmente, cria uma relação extremamente desfavorável ao caixa das empresas investindo no segmento.
Assim como no início dos computadores pessoais, talvez o metaverso não esteja de fato encerrado. Contudo, dado o atual cenário econômico, a solução está bem longe de ser um produto rentável.
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